A visita à sinagoga que mudou tudo

Como a chegada de Jesus alivia nossa espera ansiosa.

Christianity Today December 7, 2023
Phil Schorr

"O Espírito do Senhor está sobre mim,
porque ele me ungiu para pregar boas novas aos pobres.
Ele me enviou para proclamar liberdade aos presos e
recuperação da vista aos cegos, para libertar os oprimidos
e proclamar o ano da graça do Senhor".

Então ele fechou o livro, devolveu-o ao assistente e assentou-se.
Na sinagoga todos tinham os olhos fitos nele;
e ele começou a dizer-lhes: "Hoje se cumpriu a Escritura que vocês acabaram de ouvir".

Lucas 4.18-21

Não faz muito tempo, uma amiga foi ao shopping com sua família e levou minha filha. Fiquei grata por uma manhã de trabalho ininterrupto e estava prestes a ir buscá-la, quando ouvi o celular do meu marido tocar. Era o marido da minha amiga: “Aconteceu um tiroteio no shopping. Falei com minha esposa — ela e as meninas estão bem, mas estão detidas no local e ainda não foram autorizadas a sair.”

Cheguei ao shopping em tempo recorde e, um pouco desnorteada pela urgência, enfrentei a espera mais difícil de toda a minha vida. Aguardei atualizações da polícia; aguardei para poder falar com minha amiga e saber o que aconteceu. Aguardei para segurar minha filha nos braços; aguardei para verificar se ela tinha ferimentos; aguardei para dissipar os medos dela e os meus.

Esse medo repleto de urgência repercute em muitas coisas ao nosso redor, seja diretamente, nas vidas daqueles a quem amamos, ou no fluxo de notícias sobre guerras, doenças, corrupção e violência. A necessidade é premente — onde está a nossa esperança? Enquanto luto para manter a desesperança sob controle, imagino como a antiga comunidade judaica pode ter se sentido, enquanto aguardava a sua libertação e a chegada do Messias. Passaram-se 400 anos desde que eles tinham ouvido Deus lhes falar, e estavam subjugados por uma opressão avassaladora e um cativeiro esmagador. Eles devem ter se perguntado se Deus os havia esquecido e se o Salvador estava realmente vindo.

E então, um belo dia, um homem chamado Jesus entrou na sinagoga e levantou-se para ler o rolo do profeta Isaías:

O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para pregar boas novas aos pobres. Ele me enviou para proclamar liberdade aos presos e recuperação da vista aos cegos, para libertar os oprimidos e proclamar o ano da graça do Senhor (Lucas 4.18-19)

Jesus ainda não havia terminado. Ele não estava simplesmente lembrando-lhes de um futuro que eles poderiam esperar. Em vez disso, ele proclamou algo surpreendente que teria deixado as pessoas de queixo caído: “Hoje se cumpriu a Escritura que vocês acabaram de ouvir ” (v. 21).

Este foi o anúncio oficial de Jesus de que ele estava inaugurando o reino de Deus. Quando o seguimos, não mais andamos desesperados com as notícias ruins do nosso mundo. Em vez disso, olhamos para Jesus assentado em seu trono. Podemos contar com a sua promessa de redenção, mesmo quando enfrentamos circunstâncias terríveis em nossa vida, como naquele dia em que fiquei aguardando minha filha sair do shopping. Quando finalmente vi seu rosto e abracei seu corpo contra o meu, senti um alívio e uma alegria diferentes de tudo que já havia experimentado antes. Foi um lembrete para mim de que Deus ainda não acabou de fazer o que planejou. Que este não é o fim. O Rei está aqui e o jubileu eterno está próximo.

Para refletir



Que repercussão essa história que fala de urgência e medo tem em suas próprias experiências de espera e de anseio por libertação ou por esperança em situações difíceis?

Quando Jesus proclamou o cumprimento do mandato messiânico de Isaías, ele declarou que o reino de Deus havia chegado. Como seguidores de Jesus, de que modo essa proclamação nos capacita a enfrentar os desafios e as trevas do nosso mundo com esperança e ação?

Kristel Acevedo é autora, professora de Bíblia e diretora de formação espiritual na Transformation Church, nos arredores de Charlotte, na Carolina do Norte.

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