Jesus é a nossa paz

Leitura do Advento do dia 10 de dezembro.

Leituras devocionais do Advento 2022.

Leituras devocionais do Advento 2022.

Christianity Today December 10, 2022
Stephen Crotts

Semana 2: O Príncipe da Paz


Em meio à dor e à violência de nosso mundo, nos apegamos a esta esperança: um dia Jesus vai inaugurar a Paz verdadeira e definitiva. Ele também nos traz paz espiritual, aqui e agora, enquanto experimentamos a redenção e vivemos pelos valores de seu reino. Jesus é o Príncipe da Paz.

Leia João 14.27; 16.33; e Efésios 2.14-18

Pois ele é a nossa paz. (EFÉSIOS 2.14)

Duas verdades podem estar em conflito e, no entanto, se forem verdadeiras, precisamos afirmar ambas.

Em primeiro lugar, temos um mundo repleto de dor e problemas genuínos. Como advertiram os profetas do Antigo Testamento, nossa rebeldia contra Deus distorceu a nós e ao nosso mundo. Fingir o contrário é ser ingênuo, na melhor das hipóteses, ou insensível, na pior. Deus não nos pede para mentir sobre as dificuldades da vida.

Em segundo lugar, Jesus é a nossa paz — não de uma forma barata ou romântica, mas de uma forma terrena, consciente, que altera o cosmos. Ele é a única resposta para toda essa dor e problemas. Enviado pelo Pai, no poder do Espírito, o Filho de Deus tornou-se plena e verdadeiramente humano. Este Deus da paz irrompe em nosso mundo quebrado, como um de nós, e inaugura um mundo renovado, cumprindo a antiga esperança profética. Uma vez que “ele é a nossa paz”, pois “em seu corpo” ele destruiu “a barreira, o muro de inimizade” (Efésios 2.14-15) — não apenas entre o pecador e Deus, mas também entre o judeu e o gentio, homem e mulher, rico e pobre, céu e terra (Gálatas 3.28; Colossenses 1.15-22).

E essas duas verdades se chocam.

Jesus é a nossa paz, não apenas de maneira psicológica, mas também de forma concreta, para todas as áreas da vida. Ele é a nossa paz, não por nos anestesiar, mas por nos perdoar e nos curar e nos envolver em seu amor e sua vida. Mesmo na escuridão da noite, mesmo quando a confusão, a dúvida e o caos giram à nossa volta, Jesus ainda diz: “Não se perturbem os seus corações nem tenham medo” e “Deixo-lhes a paz; a minha paz lhes dou” (João 14.27).

Reconhecemos nossas dificuldades e nosso estado caído como algo doloroso e problemático, pois não se assemelham ao shalom. Enquanto o shalom traz harmonia, benignidade e um mundo que floresce, vivemos em meio a guerras, traições e absorvidos em nós mesmos de maneira sufocante. Mas em resposta à nossa rebeldia e ao caos, Jesus traz sua paz, seu shalom. “Eu lhes disse essas coisas para que em mim vocês tenham paz […]; contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo” (João 16.33). Ao nos conectar a Deus, ele é nosso shalom. Ele é a esperança de Israel e, portanto, a esperança do mundo.

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É assim que temos paz em um mundo genuinamente perturbado: Deus, para além do nosso mundo, nos deu a si mesmo como nossa paz. Cristo, o Deus-homem, é a nossa paz: Ele não depende de nossas emoções e circunstâncias flutuantes. Deus não nos pede para mentirmos sobre a dor e os problemas nem sobre sua benignidade e a presença em Cristo. Todas essas coisas são verdade. Amado irmão e amada irmã, os problemas existem, mas Cristo é nossa paz em meio aos problemas, e ele nos dá refúgio, força e direção para estender sua paz a este mundo ferido.

Kelly M. Kapic é teóloga do Covenant College e autora ou editora de vários livros, entre eles Embodied Hope e You're Only Human.

Medite em João 14.27; 16.33; e Efésios 2.14-18.


De que modo Jesus é a sua paz, de forma concreta, para todas as áreas da vida — mesmo em meio às dificuldades bem reais que todos nós enfrentamos?

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