Books

‘Não sabemos o que fazer, mas os nossos olhos se voltam para ti.’

Palavras transformadoras para liderar em tempos sem precedentes.

Christianity Today May 1, 2020
Illustration by Mallory Rentsch / Source Images: Kirill Balobanov / Unsplash

Não sabemos o que fazer, mas os nossos olhos se voltam para ti. 2 Cr. 20.12 (NVI)

Quando Josafá, um rei do Antigo Testamento, recebeu a notícia de que três exércitos haviam conspirado juntos e se opunham a ele em um ataque maciço, ele fez uma manobra decisiva e pouco convencional.

Todo líder mundo afora se encontra hoje em situação semelhante.

Diante do avanço em três frentes como a de uma pandemia global de saúde, uma economia mundial que está estagnada e uma crise de ansiedade e medo que atinge a muitos, o que podemos aprender com esse antigo líder, e como podemos aplicar para os difíceis dias atuais?

As chances não eram boas para Josafá e, honestamente, também não são tão boas para muitas famílias e negócios no presente momento.

Lá no fundo, a maioria dos líderes que já enfrentaram tempestades brutais sabe que vamos superar isso. Nós sempre superamos. Suportaremos a mortandade e emergiremos das profundezas para crescer e prosperar novamente. Mas isso vai levar tempo. Bastante tempo. Neste momento, estamos no vale da sombra da morte.

Então, como lidamos com essas horas tão sombrias?

Vamos olhar atentamente para o caminho que Josafá escolheu.

Primeiro, ele conclamou o povo a buscar a Deus. O rei fez esta oração transformadora de treze palavras: “Não sabemos o que fazer, mas os nossos olhos se voltam para ti”.

Nem todos temos o privilégio de chamar todo o nosso povo para buscar a Deus. Mas todo líder tem a oportunidade de buscar individualmente a ajuda do céu antes de levar os outros ao combate.

Por natureza, os líderes são confiantes, qualificados e testados em batalha. Muitas vezes, levantamos de manhã e logo começamos a liderar algum tipo de conflito. É comum acordar, examinar a situação e concentrar-se imediatamente na solução de problemas, na criação de oportunidades e na organização das equipes.

No entanto, em última análise, qualquer líder será tão longevo quanto a humildade que o sustenta. E essa é a humildade que o leva a buscar primeiro a ajuda do Senhor.

A marca registrada de todo grande líder é a capacidade de liderar a si mesmo. Isso significa enfrentar suas limitações e se apoiar no seu Criador. Lideramos melhor quando permitimos que Deus nos guie.

Alguns argumentarão: “Não dá para ser humilde no trabalho que eu exerço. Você nunca pode demonstrar fraqueza, ou as pessoas te atropelam!”

Humildade não equivale à fraqueza. Pelo contrário, é onde encontramos nossa força. Ou melhor ainda, humildade é o lugar onde temos acesso à provisão de Deus.

Ventos fortes causados por furacões requerem uma liderança excepcional, que começa com este apelo: Deus, eu não sei o que fazer. Mas os meus olhos se voltam para ti.

Nem sempre é prudente conduzir uma reunião de acionistas ou um encontro de colaboradores com esta confissão. As pessoas buscam estabilidade em seus líderes e contam conosco para demonstrar confiança nos piores cenários que enfrentamos, em qualquer tempo ou situação. Mas isso não nos impede de permanecermos inseridos na realidade na qual somos completamente dependentes de Deus. E não custa dizer isso de vez em quando para nossos líderes de equipe mais próximos.

Essa postura de humildade é essencial, porque nos possibilita receber uma ajuda sobrenatural.

Uma palavra veio ao rei e um plano de batalha foi iniciado. Josafá foi informado: “Vocês não precisarão lutar nessa batalha. Tomem suas posições; permaneçam firmes e vejam o livramento que o Senhor lhes dará, ó Judá, ó Jerusalém. Não tenham medo nem se desanimem. Saiam para enfrentá-los amanhã, e o Senhor estará com vocês” (2 Cr. 20.17).

Deus não está pedindo para você espiritualizar demais sua situação: “Ei, pessoal, vamos confiar em Deus agindo em nosso projeto e ver o que acontece! Sentem-se e relaxem".

De jeito nenhum.

Confira todos os verbos ativos: tomem suas posições. Permaneçam firmes. Vejam. Saiam. Enfrentem.

No entanto, ao prosseguir, mantenha o oxigênio da provisão sobrenatural de Deus fluindo a cada fôlego. No poder espiritual dele, você pode encontrar o poder de fazer o que Josafá fez a seguir:

Ele partiu. Ele se levantou. Ele falou. (v.20)

Reconheça pela fé que Deus está com você. Fique firme na Rocha Eterna. Fale com autoridade, porque Deus não falhará.

Então Josafá fez uma última coisa antes de entrar na batalha: ele louvou a Deus. O rei agradeceu a Deus antecipadamente pela vitória que ele havia prometido.

Com a ajuda de Deus, Josafá e seu exército experimentaram o livramento de Deus na batalha. E da mesma maneira, Deus virá ao seu socorro.

“Querido Deus, levanto meus olhos para ti. Por favor, quebre minha falsa sensação de controle e minha confiança exagerada em minhas próprias habilidades. Eu me prostro humildemente e peço tua força, sabedoria e coragem sobrenaturais para suportar esses dias, liderando a mim mesmo e aos outros com fé no futuro. Minha oração diária será: eu não sei o que fazer, mas meus olhos se voltam para ti. Conduza-me e usa-me como um agente para a tua glória. Em nome de Jesus, amém.”

Louie Giglio é pastor da Passion City Church e fundador do movimento Passion, que existe para chamar uma geração para desenvolver suas vidas e fazer Jesus conhecido.

Editado por Marcos Simas

What do you think of this translation? Want to see CT do more? Interested in helping us improve the quality and quantity? Share your feedback here.

Our Latest

A ONU é um campo missionário

O que aprendi representando minha organização cristã para diplomatas de 193 países.

Uso de smartphones na infância: a igreja deve lutar pela saúde mental dos pequeninos

Os cristãos lutaram por leis para proteger as crianças durante a Revolução Industrial. Podemos fazer isso de novo na era dos smartphones.

Deus também quer comunhão em torno da mesa

Cada vez mais pessoas comem sozinhas. Mas, na vida cristã, alimento e comunidade são realidades que se entrelaçam.

News

Ira santa ou pecado? “Irai-vos, mas não pequeis”.

O conselheiro cristão Brad Hambrick fala sobre como lidarmos com nossa própria fúria em tempos acalorados.

Contra a cultura da demonização

O problema não é quando o conflito está fora, mas sim dentro do cristão.

A epidemia das apostas esportivas: um problema que os cristãos não podem ignorar

Jogos de azar online não são necessariamente pecaminosos, mas certamente não são um uso cuidadoso da riqueza que Deus nos deu.

Apple PodcastsDown ArrowDown ArrowDown Arrowarrow_left_altLeft ArrowLeft ArrowRight ArrowRight ArrowRight Arrowarrow_up_altUp ArrowUp ArrowAvailable at Amazoncaret-downCloseCloseEmailEmailExpandExpandExternalExternalFacebookfacebook-squareGiftGiftGooglegoogleGoogle KeephamburgerInstagraminstagram-squareLinkLinklinkedin-squareListenListenListenChristianity TodayCT Creative Studio Logologo_orgMegaphoneMenuMenupausePinterestPlayPlayPocketPodcastRSSRSSSaveSaveSaveSearchSearchsearchSpotifyStitcherTelegramTable of ContentsTable of Contentstwitter-squareWhatsAppXYouTubeYouTube