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Estamos Sendo Fiéis ao Fugir de uma Epidemia? O que Martinho Lutero nos Ensina Sobre o Coronavírus

Uma reflexão pastoral sobre epidemias, escrita pelo reformador alemão, pode orientar estudantes de medicina como eu e cristãos na China — e em todos os lugares por onde o vírus tem se espalhado.

Christianity Today March 4, 2020
Mallory Rentsch / Source Image: Betsy Joles / Stringer / Getty Images

Do seu epicentro em Wuhan, na China, o atual surto de coronavírus está fomentando o medo e impactando viagens e negócios mundo afora. Somente na China 3,000 pessoas já morreram e mais de 95.000 foram infectadas em cerca de 75 países — número maior que a epidemia de SARS em 2003.

Os moradores de Wuhan, uma importante cidade tão populosa quanto Chicago, nos EUA, estão sob bloqueio do governo e atividades públicas foram suspensas, inclusive as celebrações do Ano Novo Chinês (que começou em 25 de janeiro). Cristãos chineses, em Wuhan e na China em geral, têm enfrentado decisões difíceis, como se devem voltar para casa para visitar a família (semelhante a milhões de chineses durante o feriado do Ano Novo Lunar), deixar a área continental, ou até mesmo se devem se reunir para os cultos de domingo.

Mas os seguidores de Jesus estão certos em fugir de uma epidemia enquanto pessoas estão sofrendo ou morrendo?

Cristãos alemães no século XVI fizeram essa mesma pergunta ao teólogo Martinho Lutero.

Em 1527, menos de 200 anos após a Peste Negra ter dizimado metade da população da Europa, a praga ressurgiu na própria cidade de Lutero, Wittenburg, e em cidade vizinhas. Em sua carta “Se Alguém Deve Fugir de uma Praga Mortal”, o famoso reformador reflete sobre as responsabilidades do cidadão comum durante um contágio. Seus conselhos servem como um guia prático para cristãos enfrentando o problema de surtos contagiosos em nossos dias.

Em primeiro lugar, Lutero argumenta que qualquer pessoa que tenha uma relação de serviço com o próximo tem a responsabilidade vocacional de não fugir. Os que estão no ministério, escreveu ele, “devem permanecer firmes diante do perigo da morte”. Os doentes e moribundos precisam de um bom pastor que os fortaleça, conforte e administre os sacramentos — para que não lhes seja negada a Eucaristia antes de sua morte. Oficiais públicos, incluindo prefeitos e juízes, devem permanecer e manter a ordem pública. Os funcionários públicos, incluindo médicos e policiais, devem continuar seus deveres profissionais. Até os pais e responsáveis têm deveres vocacionais em relação aos filhos.

Lutero não limitou o cuidado dos doentes aos profissionais de saúde. Numa época em que Wuhan enfrenta uma escassez de leitos e pessoal hospitalar, seu conselho é especialmente relevante. A cidade, uma das maiores da China, com uma população de cerca de 11 milhões, está em processo de construção rápida de dois novos hospitais para acomodar uma crescente multidão de pacientes com coronavírus. Os cidadãos leigos, sem qualquer treinamento médico, podem encontrar-se em condições de prestar assistência aos doentes. Lutero desafia os cristãos a ver oportunidades de cuidar dos doentes como se estivessem cuidando do próprio Cristo (Mt 25: 41–46). Do amor a Deus emerge a prática de amar ao próximo.

Mas Lutero não incentiva seus leitores a se exporem de forma imprudente ao perigo. Sua carta aborda constantemente dois temas concorrentes: honrar a santidade da própria vida e honrar a santidade dos necessitados. Lutero deixa claro que Deus dá aos seres humanos uma tendência à autoproteção e confia que eles cuidarão de seus corpos (Ef 5:29; 1 Cor. 12: 21–26). “Todos nós”, diz ele, “temos a responsabilidade de afastar esse veneno da melhor maneira possível, porque Deus nos ordenou que cuidássemos do corpo”. Ele defende medidas de saúde pública, como quarentenas, e a procura a atendimento médico quando disponível. De fato, Lutero propõe que não fazer isso é agir de forma imprudente. Assim como nossos corpos são dádivas de Deus, também são os remédios disponíveis no mundo.

E se um cristão ainda assim deseja fugir? Lutero afirma que essa pode ser, realmente, a resposta fiel do crente, desde que seu próximo não esteja em perigo imediato e que haja outros que “cuidem e acolham os doentes em seu lugar”. Notadamente, Lutero também lembra aos leitores que a salvação é independente dessas boas obras. Em última análise, ele ordena que “cristãos devotos … cheguem à sua própria decisão e conclusão”, quer fujam ou permaneçam durante epidemias, confiando que eles chegarão a uma decisão fiel através da oração e meditação nas Escrituras. Participar na obra de cuidar do doente surge da graça, não da obrigação.

No entanto, o próprio Lutero não teve medo. Apesar das admoestações de seus colegas da universidade, ele permaneceu para ministrar aos doentes e moribundos. Ele urge seus leitores a não terem medo de “uma pequena fervura” no serviço ao próximo.

Apesar dos filhos de Deus enfrentarem sofrimentos aqui na terra, todos os que professam a fé em Cristo compartilham a promessa celestial de um dia serem livres da doença e do sofrimento. Numa carta aberta em que pede a oração de cristãos de todo o mundo, um pastor anônimo de Wuhan afirma que “a paz de Cristo não consiste em nos tirar do desastre e da morte, mas em ter paz diante do desastre e da morte, pois Cristo já venceu essas coisas.” Tanto Lutero quanto o pastor anônimo de Wuhan expressam a realidade do sofrimento, mas reconhecem que a palavra final não pertence à morte ou ao sofrimento.

Essa semana meus avós na China me enviaram uma mensagem dizendo que estão bem, mas que estão “vivendo como ratos” em seu apartamento, saindo apenas quando necessário. Coincidentemente, 2020 é o Ano do Rato no zodíaco chinês — justamente o animal portador de pulgas que causaram diversas pestilências por toda a Europa no século XIV. Meus avós vivem na província de Sichuan, a oeste de Wuhan, onde mais de 100 casos de coronavirus já foram confirmados. É impossível não pensar neles nesse momento, assim como meus outros familiares que atualmente moram na China. Na esperança de enviá-los máscaras que estão esgotadas em muitas lojas na Ásia, meus pais e eu descobrimos essa semana que até mesmo nos Estados Unidos as lojas já não têm mais máscaras.

Nessa atmosfera de medo em volta do surto, me volto à carta de Lutero para me orientar. Como estudante de medicina e futura médica, tenho um compromisso vocacional de cuidar dos doentes — sejam eles acometidos pelo coronavirus, tuberculose ou influenza. Sim, tomarei precauções. Mas Lutero me lembra que, independente de qualquer coisa, são pessoas que merecem cuidado.

“Quando te vimos doente?” perguntam os justos na parábola das ovelhas e dos cabritos, e Jesus responde, “Sempre que o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes” (Mt. 25: 39,40). Se e quando o coronavirus invadir nossas comunidades, como responderemos fielmente?

Emmy Yang é pesquisadora em Teologia, Medicina e Cultura na Duke Divinity School e estudante de medicina na Icahn School of Medicine no complexo hospitalar Mount Sinai.

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Books

Colegas na Seleção Brasileira, Firmino é Batizado por Alisson

Roberto Firmino, campeão mundial de clubes pelo Liverpool FC, diz que agora seu maior título é o amor de Cristo.

Christianity Today January 17, 2020
Richard Heathcote / Getty Images

Milhões de torcedores cristãos estão comemorando a maior jogada fora de campo do famoso jogador brasileiro de futebol Roberto Firmino: ele entregou sua vida a Cristo.

Menos de um mês depois de marcar o gol da vitória sobre o Flamengo na Copa do Mundo de Clubes da FIFA, o atacante Firmino do Liverpool Football Club, time da Premier League da Inglaterra, confessou sua fé publicamente e foi batizado em uma piscina por seu colega de time, o goleiro Alisson Becker, e pelo músico cristão brasileiro Isaias Saad. Firmino, de 28 anos, compartilhou um vídeo do batismo em seu Instagram na quinta-feira, tendo mais de 3.2 milhões de visualizações em um único dia.

“Te dei meus fracassos e as vitórias te darei também. Meu maior título é o teu amor Jesus!”, escreveu Firmino.

Becker, que também é brasileiro, foi considerado o melhor goleiro da FIFA em 2019. Sua fé cristã é bem conhecida. Ele atribui seu sucesso como goleiro ao trabalho duro e à fé. “Você precisa se concentrar muito no futebol” — disse ele — “e acho que a fé também é importante. Se você acredita em Deus, sabe que precisa fazer o seu melhor em campo e colocar amor em tudo o que faz na vida”. Quando teve a chance de jogar pela Seleção Brasileira na Copa do Mundo, ele postou no Twitter: “Realização de um sonho!!!” “Glória a Deus!”.

Becker foi encorajado a falar sobre sua fé pelo técnico do Liverpool, Jürgen Klopp, um ex-jogador alemão, que teve uma forte experiência espiritual após a morte de seu pai em 1988, e a partir de então decidiu colocar em Deus sua confiança. Frequentemente, ele fala sobre sua fé em entrevistas.

“Ser crente, mas não querer falar sobre isso — não sei como isso funcionaria!”, explicou. “Se alguém me perguntar sobre minha fé, eu falo. Não porque eu me declaro como um missionário, mas, quando olho para mim e para a minha vida — e dedico tempo para isso todos os dias —, sinto que estou em boas mãos”.

Klopp e Becker conversaram sobre a fé que compartilham logo em seu primeiro encontro. Quando o Liverpool ganhou o título da Liga dos Campeões em 2019, Becker comemorou vestindo uma camiseta branca com uma mensagem desenhada à mão: uma cruz, um sinal de igual e um coração — “cruz = amor”. O logotipo está associado à Igreja Hillsong de Liverpool.

Firmino, Becker e Saad vestiram versões oficiais da camiseta “cruz = amor”, da Hillsong, para o batismo, assim como os 40 (ou mais) amigos e familiares que se reuniram para assistir.

O vídeo conta com uma versão em português da música de adoração de Lauren Daigle, “You Say”, que diz “Meus altos e baixos nunca vão medir o meu valor / A Tua voz me lembra e me diz quem realmente sou”. Após o batismo, Firmino aparece abraçando sua esposa, Larissa Pereira, enquanto Becker enxugava as lágrimas dos olhos.

“Se alguém está em Cristo” — escreveu Firmino, citando 2 Coríntios 5:17 — “é nova criatura”.

Larissa compartilhou fotos em seu Instagram com a legenda: “Espera no Senhor e confia / Espera, Ele vem, confia, Ele vem / E faz um milagre”. E disse mais: “Eu e minha família serviremos ao Senhor”.

Firmino é o mais recente jogador brasileiro em um time britânico a fazer uma profissão pública de fé. Willian, meio-campo do Chelsea e da Seleção Brasileira, foi batizado no rio Jordão em junho. Philippe Coutinho, ex-jogador do Liverpool, do Barcelona e atualmente no Bayern de Munique, foi batizado em uma pequena banheira de sua em outubro passado.

O Brasil tem experimentado um aumento crescente e exponencial nas conversões desde os anos de 1970. Segundo pesquisa recentemente divulgada pelo Instituto Datafolha, cerca de 31% da população agora se intitula como evangélica.

Editado por Marcos Simas

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Imigrantes de Natal: Um Conto por Max Lucado

Em pleno Natal, uma família refugiada foge do perigo.

Christianity Today December 23, 2019
Illustration by Rick Szuecs / Source Images: Getty / Unsplash

Apenas a luz da lua os iluminava. O único som que se ouvia era das respirações ofegantes. José andava na frente. A trilha era estreita. Ele não queria que sua esposa tropeçasse. Ela carregava o bebê. Ele se ofereceria para ajudá-la, mas ela recusaria.

“Ele está dormindo”, ela explicou.

“Deixe-o dormir”, concordou.

Então, eles se apressaram; José os guiando, todos os seus bens amontoados na mochila que ele havia comprado de um vendedor ambulante em Caracas. Isso foi há semanas atrás. Quantos ônibus e caronas desde então? Quantos quilômetros? Quantas noites frias?

Ele olhou por cima do ombro. Os olhos dela encontraram os dele. Será que ele viu um sorriso em seu rosto? Essa mulher é realmente diferente, ele disse para si mesmo. Sua atenção está novamente na trilha. Arbustos de ambos os lados arranhavam seus jeans.

Atrás deles havia um vilarejo. Dentro do vilarejo havia um celeiro. No chão daquele celeiro, a palha amontoada e a cocheira abandonada que servira de berço para o bebê.

A criança choramingou. José parou.

“Ele está bem”, Maria assegurou José, antes que ele pudesse perguntar.

Eles continuaram.

A trilha terminava em um rio que há muito havia secado; seu curso havia sido desviado para um pequeno açude, em um rancho. O leito seco e amplo do rio lhes permitia caminhar lado a lado. Sem maiores dificuldades, eles se moviam ainda mais rápido. Ele desata a mochila. Ela segura a criança. Estavam perto de uma estrada asfaltada, segundo lhes haviam falado.

Depois de alguns passos, eles ouviram os tiros.

José tinha sido advertido do perigo. Naquela manhã, quando os homens esquentavam as mãos sobre o fogo no tambor de 18 litros, ele os ouviu falar sobre os militares fiéis ao regime. Pegue o bebê e vá embora, eles o pediram. Esses homens são violentos.

Ele correu de volta para o celeiro para avisar Maria, mas ela estava dormindo. Ele decidiu deixá-la descansar. Quando ela acordou ao meio-dia, seu rosto estava pálido. Amamentou a criança e cochilou novamente. José manteve o olhar em direção à porta. O velho fazendeiro sabia que eles estavam usando seu celeiro como abrigo. Ele trouxe café, feijão e um cobertor para a criança.

“Você conhece os chavistas?” Ele perguntou a José.

Maria ouviu aquilo, e se sentou rapidamente.

"Vocês devem partir", disse o fazendeiro.

Mas José queria esperar.

“Apenas mais um dia ou dois. Até você se sentir mais forte”, ele disse a Maria, sabendo que, na verdade, sua força era enorme. Nada a perturbou. A jornada repentina. O nascimento no curral. Neste casal, ela era a mais forte.

Ela fez um gesto com a cabeça, concordando, e se deitou sobre um estrado de madeira. O sol estava se pondo e o frio passava pelas paredes. Ele acendeu uma fogueira no chão, sentou-se ao lado dela e puxou os joelhos contra o peito. Ele olha para Maria e toca sua bochecha. Ela não se mexeu. Seus longos cabelos caíam em seu rosto como seda. Tão jovem. Confiando de que tudo daria certo.

Ele se esticou e fechou os olhos. Resistiu ao sono, mas depois cedeu. Um mensageiro veio a ele em um sonho. Ele era alto e cheio de luz. O mesmo mensageiro que falara com ele nove meses antes, quando a primavera estava no ar e um casamento em seus planos. Mas então veio a misteriosa gravidez de Maria. Se não fosse por este visitante da meia-noite, talvez José a tivesse deixado.

Esta noite, o mensageiro voltou. O garoto está em perigo. Sangue será derramado. Está na hora de partir.

José se sentou assustado. Ele sabia que não tinha escolha.

Ele sacudiu Maria até acordá-la. “Pegue suas coisas”.

Sem dizer uma palavra, ela se levantou. Pegou suas poucas posses e as guardou na mochila. José levantou a tampa de uma caixa de ferramentas velha e tirou os presentes. Presentes trazidos por estranhos. Eles vieram de longe para ver o seu filho. Agora, José iria viajar a distância que fosse necessária para protegê-lo. A bondade desses estranhos financiaria a jornada.

Ele colocou os presentes na mochila e olhou através do celeiro. Maria estava debruçada sobre o bebê. Shhh, ela o segurou em seus braços e o levantou. Em instantes, os três saíram pela porta e correram pela rua estreita. Em questão de minutos, eles estavam no leito do rio, ouvindo o estalo de tiros. Uma mulher gritou. Um bebê chorou. Maria puxou José pela manga da camisa. “Nós precisamos sair daqui!”, ela disse.

Sim, ela estava certa. O tempo foi curto. A segurança estava distante apenas alguns quilômetros. Se eles apenas pudessem chegar até lá. Eles se apressaram. O leito do rio acabava ali e encontrava uma estrada de pista única. Eles viram os faróis se aproximando. José acenou. Uma caminhonete parou. José apontou para a carroceria. O motorista concordou. A jovem família subiu pela traseira da caminhonete e se apertou.

A certa altura, o bebê chorou. Maria deu-lhe leite. José olhou para o céu venezuelano. Estrelas brilhavam como diamantes. Por um momento, ele não estava correndo, ele estava descansando. Uma hacienda em sua terra natal, talvez? Uma casa própria, pelo menos?

Maria cochilou. Sua cabeça, protegida por um gorro, estava imóvel no ombro dele. O caminhão passa por um buraco no asfalto e ela acorda repentinamente. Eles andaram sem trocar palavras por uma hora. O céu negro deu lugar ao cinza, depois ao ouro. Ao raiar a primeira luz do dia, o caminhão parou ao lado da estrada.

“Não posso levar vocês além deste ponto. O que vocês procuram está atrás da próxima colina”.

José deu ao homem um gracias e algum dinheiro. Em seguida, ajudou sua família a descer da caminhonete. O rosto de Maria estava coberto pela poeira da estrada. Os olhos do filho estavam abertos, olhando para o céu e depois para a mãe. Os três partiram para a etapa final de sua fuga. Passo a passo, já cansados, chegaram no alto da colina. Ao alcançar o topo, pararam e olharam. O rio abaixo estava cheio de tendas, fogueiras e pessoas.

José toma o recém-nascido em seus braços. “Vou carregá-lo pelo resto da viagem”.

Maria olhou para os refugiados. “Estaremos seguros, José?”

Ele olhou para ela por alguns momentos antes de responder. O sol nascente coloriu seu rosto de laranja.

Si Dios quiere, mi amor.”

“Sim”, ela concordou, “se Deus quiser”.

A família se virou e começou a caminhada até a fronteira.

***

Depois que partiram, um anjo do Senhor apareceu a José em sonho e lhe disse: “Levante-se, tome o menino e sua mãe, e fuja…” (Mateus 2:13)

Segundo a agência de refugiados da ONU, 70,8 milhões de pessoas são desalojadas à força em todo o mundo, incluindo 25,9 milhões de refugiados. Em apenas quatro anos, 4,6 milhões de pessoas fugiram da crise política, econômica e social que tem provocado escassez de alimentos e medicamentos na Venezuela. Ainda em 2019, o número de refugiados e migrantes venezuelanos no mundo poderá chegar a cinco milhões de pessoas, superando o de sírios. Durante este período do ano, quando os cristãos celebram a mais famosa das famílias de refugiados, vamos todos oferecer nossas orações e nossa assistência.

Max Lucado é um autor best-seller e pastor em San Antonio, Texas. Este conto também está disponivel em seu blog.

Editado por Marcos Simas

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O Evangelismo Deveria Ser a Prioridade do Cristão em Seu Local de Trabalho?

CT Staff

Especialistas discutem o tema no Fórum Mundial do Trabalho do Movimento Lausanne.

Christianity Today June 25, 2019
Hero Images / Getty Images

Esta semana, o Movimento de Lausanne reuniu 700 líderes cristãos de 109 países em Manila para o seu Fórum Mundial do Trabalho. Um tópico dentre os muitos em discussão é se o evangelismo deve estar entre as prioridades dos cristãos em seus locais de trabalho.

O ministério do trabalho é principalmente sobre evangelismo? Respostas organizadas do “sim” para “não”:

Gea Gort, missiologista e autora do BAM Global Movement (Países Baixos):

Sim! Porque cada cristão tem uma missão, já que herdamos o "DNA" de nosso Senhor, Jesus Cristo. A missão de reconciliar o mundo – em Cristo e através dEle – de volta à intenção original de Deus. Essa é a boa nova, isso é evangelização. Reconciliar e restaurar os indivíduos assim como bairros, sistemas, e formas de pensar. Atingiremos esse objetivo pelo trabalho e através dele, mas somente se buscarmos intencionalmente e sinceramente a revelação de Deus com relação a todos os aspectos de nosso trabalho. Muitas vezes eu testemunhei isso em minha área de pesquisa: negócios como missão. Nossa mensagem, que através de palavras ou não, se torna poderosa e convincente, quando é corroborada por nossas atitudes, cultura de empreendedorismo e ações no trabalho. Assim nossas vidas todas contam a história. Precisamos nos lembrar que não estamos sós em nossos esforços evangelísticos. Deus deseja mover e se fazer conhecido durante a semana no local de trabalho e em nossos escritórios, já que tudo pertence a Ele.

Joseph Vijayam, CEO da Olive Tecnology e Catalisador de Lausanne de Tecnologia (EUA/Índia):

Ministério no trabalho é sobre compartilhar o evangelho através das palavras e ações, isso é evangelização, mas é também viver uma vida que testemunha os frutos do evangelho. Em outras palavras, é o evangelismo intencional, que é o 'fazer' assim como não-intencional de viver, que é o 'ser'. Tanto o ser como o fazer apontarão a Cristo e seu evangelho. Nesse sentido, sim, é sobre a evangelização, mas nem sempre intencional e certamente não é limitado à definição restrita de falar de forma persuasiva sobre a salvação. O ministro no local de trabalho é um embaixador do evangelho em tempo integral, em com base nessa definição, está engajado/a primeiramente, apesar de não ser exclusivamente, na evangelização.

Francis Tsui, presidente de uma empresa de investimentos (Hong Kong):

Jesus nos ensinou como orar: "Venha teu reino, seja feita a sua vontade, assim na terra como nos céus." Todos os crentes deveriam ouvir esse chamado aonde quer que estejam. No local de trabalho, crentes deveriam viver a presença de Jesus encarnado como seu propósito e seu chamado. Jesus leu do livro de Isaías um chamado para trazer as boas novas aos pobres, cativos, cegos e oprimidos (Lucas 4:18-19). De forma semelhante nós deveríamos estar proclamando as boas novas a estas pessoas em nosso local de trabalho. O propósito da proclamação das boas novas é trazer a presença de Jesus a toda as circunstâncias nas quais as pessoas se encontram, para que as pessoas possam conhecer a Jesus onde elas estiverem e experimentarem sua compaixão, amor e relevância de Jesus em seus contextos. Quando fazemos isso, o "evangelismo" acontecerá. A evangelização não é somente recitar o Evangelho, chamando as pessoas à conversão ou trazer transformação espiritual. Em nosso local de trabalho, nós crentes deveríamos ajudar as pessoas a conhecerem Jesus, para que Jesus possa falar sobre suas vidas e verão que o relacionamento reconciliado com a benção de Jesus abençoa a vida de forma completa e relevante. É uma forma muito mais dinâmica e com mais impacto do que nossa compreensão convencional do que é a evangelização.

Kina Robertshaw, palestrante do FMT (Reino Unido):

Depende do que cada pessoa entende por evangelismo. Eu entendo que evangelismo é compartilhar a boa nova de Jesus através de palavras e ações. Testemunhamos a outros através de nossas palavras e ações. Os dois precisam condizer. Não podemos fazer seguidores fiéis de Jesus sem sermos seguidores fiéis. Em minha pesquisa entrevistando 50 empreendedores cristãos no Reino Unido, eu encontrei quatro respostas diferentes quando perguntei se eles acreditavam que seu trabalho estava contribuindo com o reino de Deus, eles todos disseram que sim, mas se viam fazendo isso de formas diferentes. O primeiro grupo: através da oferta de produtos ou serviços de excelência eles estão tornando o mundo um lugar melhor. O segundo grupo: ao abraçar os valores cristãos e altos padrões de ética de negócios em sua empresa. O terceiro grupo: ao compartilhar abertamente sobre sua fé com as pessoas em seu local de trabalho. O quarto grupo: através da doação generosa a caridades e causas cristãs. O terceiro grupo era claramente o mais evangelístico. Mas as respostas dos outros grupos são todas formas importantes de apoiar o que dizemos. Nossas palavras são cruciais, mas precisam do respaldo das nossas ações; somente então a evangelização se torna a prioridade máxima do ministério no local de trabalho.

Willy Kotiuga, fazedor de tendas em 25 países e presidente da equipe de programação do FMT (Canadá):

As pessoas vêm a Cristo quando se sentem amadas, e não quando se sentem repreendidas! Tentamos convencer as pessoas a "assinar um contrato" com Deus para receberem uma passagem para o céu, ou acompanhamos elas ao entrarem em um relacionamento vibrante de compromisso com o Deus vivo? Somos chamados para fazer discípulos de forma proativa, e não para converter pessoas. Somos tão presos à ideia dos métodos "evangelísticos" que não investimos em criar ambientes de trabalho que são conducentes à descoberta de Deus? Meu fardo de precisar "evangelizar" foi levado de mim quando comecei a orar diariamente, "Deus ajude-me a trazer todas as pessoas que eu encontrar hoje um passo mais perto da fé pessoal em Jesus Cristo." A viagem para a fé não é um evento único. Se a evangelização é somente a proclamação da Palavra, então nunca deveria ser a maior prioridade do ministério no local de trabalho. Mas se a evangelização inclui trabalhar o solo, influenciar estratégias corporativas, preparar os corações das pessoas para descobrirem a realidade do amor de Deus através da graça – esta então deveria ser a prioridade mais alta. No entanto, com base nas ideias restritas da evangelização em uso hoje, isso não é uma prioridade.

Wendy Simpson, presidente da Grupo Wengeo, palestrante do FMT (Austrália):

Não. Se um plantador de igrejas plantasse uma igreja sem a intenção de incluir um ministério infantil, as pessoas ficaram escandalizadas. Hoje, o ministério infantil é visto como uma parte vital do ministério da igreja, mas nem sempre foi assim. Como empreendedora eu anseio pelo dia no qual as igrejas locais verão que é essencial equipar e enviar trabalhadores de acordo com os seus chamados. A maior prioridade do ministério no local de trabalho deve ser levantar catalisadores para defenderem o local de trabalho como um ministério essencial dentro das igrejas locais. Como a igreja mundial espera verdadeiramente cumprir com a grande comissão – e criar discípulos 24 horas, 7 dias por semana, se não desenvolveu ensinamentos sobre como os cristãos devem de fato integrar sua fé com as atividades que ocupam a maior parte de suas vidas? Os trabalhadores anseiam por descobrir o propósito de Deus em seu trabalho diário. Eu acredito que se as igrejas mostrarem aos trabalhadores como integrar em seu trabalho disciplinas espirituais, como meditação, oração, jejum, simplicidade, confissão, louvor e celebração, o mundo começará a ver um cristianismo atraente autêntico. Se os cristãos de domingo são o resultado desejado, então não existe necessidade para ministério no local de trabalho, mas se um discipulado de toda a vida é nossa missão, então temos necessidade urgente para o ministério no local de trabalho nas nossas igrejas.

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Um Pedido de Perdão do 1% de Cristãos aos Outros 99%

Você não existe para ajudar líderes profissionais de ministérios a cumprirem a grande comissão. Nós existimos para ajudar você a cumpri-la.

Michael Oh, Diretor Executivo Global / CEO do Movimento de Lausanne

Michael Oh, Diretor Executivo Global / CEO do Movimento de Lausanne

Christianity Today June 13, 2019
Rick Szuecs / Source image: Lausanne Movement / Flickr

Mas eles escutarão?"

Eu sentei à mesa voltado ao meu amigo Bill Pollard, que estava com uma expressão facial esperançosa e levemente duvidosa. Eu acabara de compartilhar com ele sobre a visão do Movimento de Lausanne de reunirmos mais de 700 cristãos, líderes em seu local de trabalho, de mais de 100 países.

Bill amou a visão: mobilizar os cristãos no local de trabalho para serem instrumentos de Deus para levarem o impacto do reino para cada esfera da sociedade. No entanto, ele estava na dúvida se alguns líderes de igrejas teriam perguntas sobre a efetividade deste tipo de ministério feito por ‘líderes leigos’.

Seu questionamento reflete uma visão de longa data do ministério cristão como uma responsabilidade restrita aos “profissionais” como pastores e missionários. Pessoas como Bill desafiaram essa noção, mostrando que a manta do ministério deve ser levada nos ombros de cada cristão.

Bill era CEO da empresa ServiceMaster, que, durante sua liderança, foi reconhecida pela revista Fortune como a empresa número 1 de serviços em sua lista Fortune 500 e foi reconhecida pela Financial Times como uma das empresas mais respeitadas no mundo. Para Bill, o trabalho na ServiceMaster era sobre servir ao Mestre. Como ele frequentemente dizia: "Nenhuma empresa tem valor eterno. Somente a igreja o tem. Somente as pessoas o têm." Bill compartilhou comigo histórias de pessoas que moravam tão longe quanto Tóquio, Japão, cujas vidas foram impactadas pelo amor ao evangelho que ele e outros na sua empresa compartilhavam.

Precisamos de mais pessoas como Bill e, para isso acontecer, precisamos mudar a forma que vemos o trabalho e ministério – voltando a como deveria ser. Do meu ponto de vista como um líder de ministério em tempo integral dentro de um movimento evangélico global, eu gostaria de oferecer meu pedido de desculpas a todos que estão lendo este artigo que não são parte do ministério profissional, assim como compartilhar as quatro coisas que aprendi sobre fé e trabalho:

1) Você não existe para apoiar nosso ministério; nós existimos para apoiar o seu ministério.

Eu quero falar com você como alguém que é parte dos 1%. O 1% das pessoas da igreja que são pastores e missionários. O 1% que faz do ministério sua profissão.

E eu gostaria de me arrepender.

Quero me arrepender em nome de todos os membros do 1% por vermos os outros 99% da igreja que não trabalham no ministério profissional como um grupo que existe somente para apoiar o nosso ministério.

A realidade, para muitos missionários e pastores como eu, é que de fato somos sustentados financeiramente pelos outros 99%. Somos tremendamente gratos por isso; missionários e pastores não poderiam trabalhar em seus ministérios sem a generosidade bíblica dos 99%. Mas o ministério de doar não é o seu valor completo nem seu ministério exclusivo. Eu confesso que facilmente esqueço que os 99% não podem realizar seu ministério sem nosso apoio também; e esquecer disso não poderia ser mais errado.

Efésios 4:11-13 diz que Deus "designou alguns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres, com o fim de preparar os santos para a obra do ministério, para que o corpo de Cristo seja edificado, até que todos alcancemos a unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, e cheguemos à maturidade, atingindo a medida da plenitude de Cristo" (NVI).

Deus deu o 1% para equipar os santos para o trabalho ministerial. O 1% existe para apoiar o ministério dos 99%.

Parafraseando Martinho Lutero: "Não somos todos chamados para sermos pastores, mas somos todos chamados para sermos sacerdotes."

Um dos frutos mais impressionantes da reforma protestante é a recuperação da doutrina bíblica do sacerdócio de todos os crentes. Todos temos acesso direto e pessoal a Deus. Não precisamos de um mediador sacerdotal além de Cristo.

Mas caímos em outro tipo de sacerdotismo: desta vez não sobre a salvação, acreditando que esta precisa ser medida por um sacerdote, mas no ministério, acreditando que o ministério somente acontece através dos ministros profissionais ministrando aos que não têm essa vocação, em vez de todos por e para todos.

O que Deus fez universal, mais uma vez nós profissionalizamos. O evangelismo é somente o trabalho dos evangelistas? O discipulado é somente o trabalho de pastores? A missão é somente trabalho para os missionários?

Os 1% – pastores, evangelistas, missionários e outros – podem ter a responsabilidade ocupacional primordial para com o evangelismo, discipulado e missões; mas não é somente responsabilidade deles. De fato, sua responsabilidade primordial é treinar, delegar e apoiar o evangelismo, discipulado e trabalho missionário mundial dos 99%.

Se o ministério e missão forem relegados somente para o âmbito dos pastores e missionários, teremos problemas.

2) A grande comissão não pode ser cumprida sem sua participação.

O 1% que faz do ministério sua profissão nunca alcançou o mundo todo com o evangelho. O 1% não pode fazer discípulos em todas as nações. Por que?

Primeiramente, o 1% não é o suficiente em termos de quantidade de pessoas. Existe somente 1 missionário para cada 150 mil japoneses. Existe somente 1 missionário para cada 500 mil muçulmanos. Você sabe quanto tempo leva para compartilhar o evangelho com 500 mil pessoas? Agora entendemos porque os missionários estão frequentemente tão cansados!

Portanto uma parte importante de como o evangelho vai se espalhar pelo mundo é o envio de mais missionários.

Eu sei que muitos cristãos maravilhosos e com boas intenções – e até mesmo pastores – algumas vezes dizem: "Nem todos são missionários." Parte de mim sorri quando escuta isso. A outra parte chora.

Porque se aceitarmos a ideia de que somos todos missionários, e que podemos simplesmente ficarmos onde estamos e compartilhar o evangelho com as pessoas que conhecemos que não são cristãs, os 3 bilhões de pessoas no mundo que não conhecem pessoalmente a um único cristão estarão dentre os que perecerão.

No entanto precisamos mais do que apenas mais missionários.

O tempo em que vivemos precisa de parcerias mundiais entre missões que mobilizam o 1% e os 99% a irem a todos os povos e lugares que tem não tem contato com o testemunho do evangelho. É a única forma de cumprirmos a grande comissão. A igreja toda precisa colaborar. Precisamos "co-laborar".

Este é o desafio e oportunidade global. O desafio no compartilhamento do evangelho localmente é este: se dependemos de pastores e dos profissionais do ministério para compartilharem o evangelho, ele nunca tocará a vida de muitas pessoas e nunca alcançará todas as esferas da sociedade. A única forma de o evangelho chegar às pessoas da sua empresa, da sua escola, do seu bairro, do seu time esportivo, do seu restaurante, do seu grupo de teatro… é através de você.

O Movimento de Lausanne tem a visão de: "O impacto do reino em cada esfera da sociedade." Isso somente pode acontecer através das pessoas que Deus colocou nessas esferas da sociedade. E essa pessoa não é o seu pastor.

Cada cristão, incluindo os 99% que não trabalham profissionalmente no ministério, possui um ministério.

3) Você pode não ser um pastor ou missionário, mas você tem um minstério.

Deus lhe deu dons espirituais para cumprir seu ministério, e você recebeu o Espírito Santo para capacitar-lhe. Como 1 Coríntios 12 diz: "A cada um, porém, é dada a manifestação do Espírito, visando ao bem comum" (NVI).

Eu acho que podemos dizer que para Lutero, não foi simplesmente: "Não preciso mais de um padre", mas também: "Agora posso ministrar para todos. E de fato, eu deveria fazê-lo."

Agora depende de você descobrir seu ministério. Qual ministério o Espirito Santo realizará através de você?

Bill compartilhou comigo uma história incrível sobre a oportunidade que teve de falar, como cristão, em um funeral xintoísta de um empreendedor japonês influente em Tóquio, rodeado por centenas de pessoas que nunca haviam ouvido o evangelho antes. Isso somente foi possível por causa dos anos de investimento em relacionamentos sua excelência fiel nos negócios.

Alguns são missionários, mas todos somos chamados a ser sal e luz e a orarmos pelas nações.

Alguns são pastores, mas todos devem pastorear as pessoas que estão sob seus cuidados.

Alguns são diáconos, mas todos estão aqui para servir.

Alguns são presbíteros, mas todos devem saber liderar em diversos contextos.

Alguns são pregadores, mas todos devemos pregar o evangelho – para nós mesmos e para os outros.

A igreja toda é necessária para fazer discípulos em todas as nações. O Espirito Santo anseia ministrar através de você.

4)Nos comprometemos com seu ministério através das nossas palavras, mas vamos fazer mais.

Quando digo nós, incluo o Movimento de Lausanne.

Desde nossa fundação em 1974 por Billy Graham e John Stott, o Movimento de Lausanne falou algumas palavras importantes sobre essa questão crítica. Por exemplo, uma equipe de acadêmicos no Terceiro Congresso de Lausanne escreveu O Compromisso da Cidade do Cabo, que estabelece:

"Nós precisamos de esforços intensivos para treinar todos os seguidores de Deus em um discipulado integral de suas vidas, que significa viver, pensar, trabalhar e falar de um ponto de vista bíblico e com efetividade missionária em cada lugar ou circunstância da vida cotidiana e trabalho."

Mas poderíamos ter feito mais – e faremos mais.

Esse mês, o Fórum Mundial do Trabalho de Lausanne (FMT) irá reunir 750 influenciadores globais de mais de 120 países em Manila, nas Filipinas. Pedimos suas orações para que esse grupo diverso possa contribuir com perspectivas inovadoras e mobilização para missão dentro e através do local de trabalho, em todos os níveis, em todos os setores e em todas as regiões do mundo. O encontro não contará somente com profissionais de escritório ou de negócios, mas também trabalhadores braçais e até "sem categoria".

Tanto o 1% quanto os 99% estarão no FMT. Será uma oportunidade para o 1% se arrepender e nos compromissarmos firmemente com nosso chamado para equipar os santos com seu trabalho ministerial.

E para quem é parte dos 99%: Levante-se! Levante-se e tome posse da sua identidade como discípulo e seu chamado para ser um fazedor de discípulos. Levante-se e tome responsabilidade pelo discipulado de sua família, amigos e vizinhos. Levante-se e veja as nações que tem sede pelas águas do evangelho e os bilhões de pessoas que não conhecem um cristão sequer.

Se você acredita que 1 Pedro 2:9 se refere a você como eleito/a de Deus – "sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus, para anunciar as grandezas daquele que os chamou das trevas para a sua maravilhosa luz" – por que não se levantar e aceitar seu chamado?

Michael Oh é o Diretor Executivo Global e CEO do Movimento de Lausanne.

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