Os 20 artigos mais lidos da Christianity Today em português

A confiança indevida em Ravi Zacharias, famoso líder cristão que ocultou casos de má conduta sexual; A maior ameaça ao cristianismo é o apoio do Estado; Desistir da igreja acarreta um alto preço que será pago por nossas mentes e corpos.

Christianity Today December 30, 2021

In this series

Leia os principais artigos em português publicados em 2021 pela CT, organizados por ordem crescente de popularidade.

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Grande alegria para todo o povo

Leitura do Advento para o dia 25 de dezembro.

Christianity Today December 25, 2021

Dia de Natal:

neste dia, nós celebramos o milagre da eterna Palavra entrando no mundo como uma criança humana. Nós celebramos as boas novas de grande alegria para todo o povo!

Clique Aqui e faça o download do nosso devocional diário “O Evangelho do Advento”.

Leia Lucas 2.8-20

O retumbante tom dessa passagem é de alegria. Deus enviou seu Filho à terra, e a celebração do céu se espalhou pelo mundo com louvor e glória esplêndidos. E a quem foi feito esse anúncio de tão grande alegria? Não foi feito para os mais gloriosos dos seres humanos, mas sim para os mais normais, mais mundanos e até mesmo mais banais, comuns. O texto cheira a animais, desde as ovelhas que eram vigiadas pelos pastores até a manjedoura que embalava Jesus. O Natal é uma imagem impressionante do evangelho: Deus não abandonou sua criação, mas percorreu uma grande distância, e pagou um alto preço para redimi-la pessoalmente.

Lucas registra vários tipos de resposta a essa proclamação. É compreensível que o primeiro sentimento dos pastores tenha sido o medo, uma vez que foram confrontados por criaturas tão diferentes de si mesmos. Mas, esse medo logo foi substituído por entusiasmo. Afinal, essa primeira vinda não foi como a segunda será. Enquanto a segunda vinda de Cristo dará início ao julgamento de todos, esta primeira vinda foi uma oferta de alegria para todo o povo, que resultaria em paz verdadeira e duradoura para aqueles que a aceitaram (v. 10,14).

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A diligência dos pastores na busca do sinal foi recompensada ao encontrarem a sagrada família, assim como os anjos haviam dito. Mas os pastores não guardaram a notícia para si. Eles foram tão diligentes em relatar o que lhes fora dito quanto o foram em procurar a criança. Este é o cerne da proclamação do evangelho: ouvi-lo para nós mesmos, viver a experiência de que Deus manteve sua palavra e compartilhar a boa nova da certeza da salvação com os outros.

Aqueles que ouviram o testemunho dos pastores ficaram maravilhados (v. 18). Isso não significa necessariamente que eles compreenderam a plena seriedade do que os anjos disseram aos pastores sobre aquela criança: ele era o Salvador, o Messias, o Senhor. Talvez, por ouvirem apenas pastores comuns (e não uma hoste angelical) e por verem apenas um recém-nascido comum, a glória tenha ficado obscurecida demais para alguns. Mesmo assim, Deus nos chama a viver pela fé nele, não pela vista.

Maria, por sua vez, guardava todas essas coisas e sobre elas refletia em seu coração. E os pastores completaram sua jornada missionária espontânea louvando e glorificando a Deus. Cristo, o Senhor, nosso Salvador, assumiu a natureza humana por nós e veio para ser a nossa paz. Que nossa resposta hoje — assim como a dos pastores — ressoe em alegria, louvor e glória!

Rachel Gilson atua na equipe de liderança da Cru para desenvolvimento teológico e cultura. Ela é a autora de Born Again This Way: Coming Out, Coming to Faith, and What Comes Next.

Leia Lucas 2.8-20. Reflita sobre tudo isso que você leu e ponderou durante o Advento. De que modo você deseja responder em louvor a Deus? De que maneira você, assim como fizeram os pastores, pode compartilhar essa boa nova com outras pessoas? Ore — e alegre-se!

Silenciosamente oculto

Leitura do Advento para o dia 24 de dezembro.

Christianity Today December 24, 2021

Quarta Semana: Encarnação e Natividade


Nesta semana veremos os eventos da Natividade e vamos refletir sobre o milagre do Verbo eterno que veio ao mundo como uma criança, um ser humano. Aprenderemos lições de fé com as pessoas que Deus escolheu para desempenhar um papel nesses eventos. E celebraremos as boas novas de grande alegria para todas as pessoas!

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Leia Lucas 2.1-7

O imperador Augusto emitiu um decreto abrangente, para que todos no mundo romano fossem registrados em um censo. Muitos de nós estamos familiarizados com esse detalhe da história do nascimento de Jesus, pois foi isso que levou Maria e José a Belém — em cumprimento à profecia de Miqueias 5.2-5a. Mas também é digno de nota porque demonstra o considerável poder de Augusto como imperador. Ele profere uma palavra, e todos devem observá-la. Ignorá-lo não era uma opção.

Ao contrário do imperador, era fácil não notar Jesus. Seu nascimento, que foi profetizado e era há muito esperado, contrasta intensamente com o poder de Augusto. Jesus nasceu em circunstâncias humildes e obscuras, fáceis de ignorar. À medida que a narrativa do Evangelho se desenrola, em meio a ela há pessoas capazes de reconhecer Jesus como Deus, mas estas são apenas umas poucas escolhidas. O fato é que a encarnação é algo fácil de ignorar — e muitos a ignoram sem sequer perceber.

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Se quisermos ser pessoas que veem e reconhecem a presença encarnada de Deus em nossa vida e no mundo, o que devemos fazer? Isso me lembra de uma vez em que perdi uma lente de contato em um grande saguão de hotel. Pisquei, senti uma sensação estranha em meus olhos e, antes que pudesse perceber, minha lente de contato havia caído em algum lugar daquele carpete estampado e brilhante do saguão.

Eu congelei, procurei minha lente e tentei evitar que outros pisassem nela inadvertidamente. Uns dois funcionários do hotel ficaram com pena e me ajudaram. Para meu alívio, finalmente a encontramos oculta embaixo de uma cadeira próxima. Essa experiência me ensinou que, quando você está tentando perceber algo que passa facilmente despercebido, uma estratégia que ajuda é parar, olhar mais de perto e arrumar outros que auxiliem você nessa busca.

E se nós, como povo de Deus, parássemos e diminuíssemos o ritmo o suficiente para olharmos de perto e apreciarmos a beleza da encarnação? O fato de que o Verbo se fez carne e entrou em nosso mundo como uma criança, para viver “entre nós”, é uma boa notícia para um mundo exaurido (Jo 1.14)! Contudo, se não fizermos a opção intencional de parar e olhar com atenção, também podemos perder a oportunidade de ver de fato Jesus, que, embora esteja silenciosamente oculto, está presente em cada momento de nossa vida — mais ou menos como uma pequena lente de contato, que passa despercebida em meio ao vai e vém de pessoas a caminho de fazer outras coisas.

E se optássemos por cultivar uma consciência da presença encarnada de Deus ao nosso redor? E se ajudássemos uns aos outros a fazer isso como comunidade? Que possamos desejar esse tipo de vida, que nos permite perceber a encarnação, parar e ver uma nova vida e esperança, mesmo quando ela surge em uma manjedoura.

Tracey Gee é coach e consultora na área de desenvolvimento de liderança. Ela é autora de Mark (Alabaster Guided Meditations) e co-autora da obra More Than Serving Tea.

Reflita sobre Lucas 2.1-7. (Opção: leia também Miqueias 5.2-5a e João 1.1-18.) O que a simples descrição do nascimento de Jesus, em Lucas 2.1-7, nos transmite? Como ela pode ser surpreendente? Como se encaixa [no todo]? Ore, expressando sua resposta ao humilde nascimento de Jesus e à beleza da encarnação.

Antecipação do Evangelho

Leitura do Advento para o dia 23 de dezembro.

Christianity Today December 23, 2021

Quarta Semana: Encarnação e Natividade


Nesta semana veremos os eventos da Natividade e vamos refletir sobre o milagre do Verbo eterno que veio ao mundo como uma criança, um ser humano. Aprenderemos lições de fé com as pessoas que Deus escolheu para desempenhar um papel nesses eventos. E celebraremos as boas novas de grande alegria para todas as pessoas!

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Leia Mateus 1.18-25

Quando pensamos na história do Natal, muitas vezes nos vem à mente a imagem de um belo vitral em que figuram o menino Jesus deitado em uma manjedoura, com Maria e José serenamente ao lado. No entanto, os acontecimentos que antecederam o nascimento de Jesus estão longe de terem sido assim tão tranquilos e pacíficos. Na verdade, foram acontecimentos repletos de confusão e controvérsia. Você pode sentir a tensão na voz da narrativa em Mateus 1.18,19, quando ele descreve a gravidez de Maria, que aconteceu antes do seu casamento, bem como o fato de José ter cogitado o divórcio.

Podemos imaginar a extensão do choque de José — e talvez até sua vergonha — em relação à notícia da gravidez de Maria. Mas então, assim como Maria, ele também recebeu a visita de um anjo. José respondeu às notícias dadas pelo anjo com grande humildade e expectativa de que esta criança que nasceria “salvará o seu povo dos seus pecados” (v. 21). Essa notícia da salvação também foi chocante — maravilhosamente chocante — para José.

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Em nosso mundo abatido e desencorajado, há momentos em que a mensagem de salvação do evangelho pode perder esse aspecto de admiração para os cristãos. Podemos facilmente encarar sem nos maravilhar o fato de que Jesus veio para salvar pecadores, o que inclui tanto os que não se arrependem quanto os regenerados — em outras palavras, o fato de que ele veio para nos salvar. Que neste Advento e neste Natal, o choque desse acontecimento tão altamente antecipado do nascimento de Cristo (em especial para José e Maria) não perca seu impacto sobre nós. Que possamos nos admirar e nos maravilhar novamente com a disposição de Jesus em ser o cordeiro sacrificial que veio para salvar seu povo dos pecados deles.

Mateus aponta outro detalhe que pode nos deixar maravilhados: No nascimento de Cristo Jesus, testemunhamos o cumprimento profético de Isaías 7.14: “a virgem ficará grávida e dará à luz um filho, e o chamará Emanuel”. Jesus é a encarnação, o Emanuel que é o “Deus conosco” (Mt 1.22,23).

Durante estes tempos de turbulência global, a encarnação de Jesus nos encoraja ao menos de duas maneiras. Pode encorajar os crentes a uma fé profundamente enraizada em um Salvador que habita em seu povo, por meio do Espírito Santo. Ele é o Deus que está conosco. Podemos viver com confiança e vitoriosos, não como vítimas, mas como vencedores na vida cristã.

E aqueles entre nós que podem ter se tornado apáticos em sua fé são lembrados de que a história do evangelho gera vitalidade e propósito, em especial para que compartilhemos essa boa nova com outras pessoas. Jesus veio como um bebê indefeso, mas voltará como um Senhor justo e reto, cujo nome toda língua confessará e diante do qual todo joelho se dobrará (Fp 2.10). Que possamos compartilhar essa boa nova com generosidade. O dia da salvação é agora.

Matthew D. Kim é professor de Pregação e Teologia Prática da cátedra Professor George F. Bennett, no Gordon- Conwell Theological Seminary, e autor da obra Preaching to People in Pain.

Leia Mateus 1.18-25.


Imagine esses acontecimentos da perspectiva de José: Com quais emoções ou perguntas ele pode ter se debatido? De que maneira sua fé foi desafiada e transformada? Agora considere sua própria perspectiva: De que modo esta passagem que vimos enfatiza as verdades-chave do evangelho?

Uma promessa grávida

Leitura do Advento para o dia 22 de dezembro.

Christianity Today December 22, 2021

Quarta Semana: Encarnação e Natividade


Nesta semana veremos os eventos da Natividade e vamos refletir sobre o milagre do Verbo eterno que veio ao mundo como uma criança, um ser humano. Aprenderemos lições de fé com as pessoas que Deus escolheu para desempenhar um papel nesses eventos. E celebraremos as boas novas de grande alegria para todas as pessoas!

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Leia Lucas 1.39-56

A primeira atividade de Maria de que temos registro, durante a gravidez, foi visitar sua prima Isabel. Ambas as mulheres foram alvo de uma gravidez milagrosa, e Lucas relaciona suas histórias de modo que as lemos como uma mesma unidade narrativa. Isso nos lembra que as experiências pessoais dessas duas famílias estão inseridas na mesma e mais ampla história da redenção.

Alguns ouvem ecos de 2Samuel 6 nessa visita de Maria a Isabel. Em 2Samuel 6, lemos que a arca da aliança permaneceu na região montanhosa da Judeia por três meses; e que Davi perguntou: “Como vou conseguir levar a arca do Senhor?” (v. 9); e, por fim, que Davi pulou e dançou em sua presença (veja também Lc 1.39,41,43,56). Essas semelhanças levaram muitos pais da igreja a ver a arca da aliança (que representava a presença de Deus) como algo que, de certa forma, prefigurava Maria (que carregou o Filho de Deus no próprio ventre). A presença do Senhor, que antes encobria a arca no tabernáculo (Êx 40.35), agora repousava sobre uma virgem humilde (Lc 1.35). Maria é homenageada ao longo de toda a história da igreja porque a encarnação começou dentro dela.

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Maria recebeu essa bênção endereçando bênçãos a Deus. Sua canção de louvor expressa gratidão pelo favor de Deus (v. 47-49), mas imediatamente amplia seu escopo de modo a descrever a misericórdia de Deus para com todos os que o temem (v. 50). Ela recapitula muitos temas bíblicos, ilustrando que os atos de Deus para com ela estão em continuidade com a grande narrativa da Bíblia. Deus não só fez grandes coisas a uma mulher, mas cumpriu a promessa de resgatar seu povo da opressão.

O cântico de Maria também foi profético. Ao declarar os atos de poder divino, ela usou exclusivamente o passado: Ele realizou poderosos feitos, dispersou os soberbos, exaltou os humildes. A chegada de Jesus garante a vitória de Deus. Mesmo que ainda não as vejamos em toda a sua plenitude, Deus já garantiu a nossa salvação e a renovação do nosso mundo.

Embora o papel de Maria seja único, ela é um modelo para todos os cristãos. Podemos imitar sua resposta cheia de adoração e de esperança às promessas de Deus, mesmo quando estas parecem invisíveis. Também podemos lembrá-la como a encarnação da própria promessa que ela proclama: os humildes serão exaltados (v. 48, 52). Deus escolheu Maria, uma menina pobre e sem importância, para carregar a bênção e a presença do Messias. Este privilégio começa com Maria, mas pertence a todos os que temem a Deus, a todos os que têm fome e sede de justiça.

Hannah King é um pastora e escritora da Igreja Anglicana na América do Norte. Ela atua como pastora associada na Village Church, em Greenville, Carolina do Sul.

Medite em Lucas 1.39-56


(Opção: leia também 2Samuel 6.)


Que ideias você extrai dessa comparação entre Maria e a arca da aliança? De que modo as reações de Isabel e Maria a esses acontecimentos falam ao seu coração? Reflita sobre o cântico de Maria e, em seguida, expresse louvor a Deus em suas próprias palavras.

Que aconteça comigo conforme a tua palavra

Leitura do Advento para o dia 21 de dezembro.

Christianity Today December 21, 2021

Quarta Semana: Encarnação e Natividade


Nesta semana veremos os eventos da Natividade e vamos refletir sobre o milagre do Verbo eterno que veio ao mundo como uma criança, um ser humano. Aprenderemos lições de fé com as pessoas que Deus escolheu para desempenhar um papel nesses eventos. E celebraremos as boas novas de grande alegria para todas as pessoas!

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Leia Lucas 1.26-38

Obedecer seria fácil se tudo fizesse sentido. E se concordássemos [com tudo]. Ou se fôssemos nós mesmos a ter pensado naquele plano. Mas, suponho que nesses casos não seria realmente obediência, seria?

Quando lemos as histórias de mulheres e homens de grande fé, imaginamos que não houve luta — que eles ouviram a palavra do Senhor e de imediato se apressaram em obedecer. A verdade, porém, é que, mesmo quando a palavra do Senhor é clara e cristalina, a obediência é sempre algo desafiador.

Um anjo do Senhor apareceu a Maria. Um anjo! Pode ser que digamos a nós mesmos que, se recebêssemos a visitação de um anjo, obedecer seria fácil — porém, estaríamos nos enganando. A Bíblia nos diz que Maria ficou “perturbada” (Lc 1.29). Mais do que isso até, Maria tinha algumas perguntas bem sérias a fazer. “Perguntou Maria ao anjo: ‘Como acontecerá isso, se sou virgem? ’” (v. 34). Uma dúvida muito justa, afinal.

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Em muitos aspectos, a pergunta de Maria não foi muito diferente da de Zacarias. Quando o anjo lhe disse que ele e a esposa, de idade igualmente avançada, teriam um filho, Zacarias perguntou: “Como posso ter certeza disso?” (v. 18), frase também traduzida por “Como vou saber [se isso é verdade]?” (NRSV). E, assim, Zacarias ficou mudo.

Podemos analisar suas respectivas perguntas do ponto de vista gramatical e sondar a língua em busca de pistas, mas suspeito que a resposta está menos em sua reação inicial e mais em suas reações subsequentes. Não temos razão para pensar que Zacarias tenha superado a perplexidade ou a descrença durante esse primeiro encontro. (Embora com o tempo, é claro, ele o tenha feito.) Nos versículos 26 a 38, porém, Maria pareceu passar rapidamente para uma postura de rendição. “Sou serva do Senhor; que aconteça comigo conforme a tua palavra’”(Lc 1.38).

Mais tarde, Paulo faria uma oração para que Cristo fosse formado em nós, seguidores de Jesus (Gl 4.19). Mas foi Maria quem realmente teve Cristo sendo formado nela — em seu próprio ventre! Embora o nascimento virginal e a encarnação sejam milagres fundamentais da confissão cristã, neste episódio de Maria também encontramos um paradigma da formação espiritual. Para que Cristo seja formado em nós, assim como Maria, devemos passar de nossas turbulências, incertezas e dúvidas para uma postura de rendição. A participação em Cristo acontece quando oramos: “Sou servo(a) do Senhor; que aconteça comigo conforme a tua palavra”. Mesmo quando somos tentados a nos fixar em “como pode ser isso?”, que Deus nos dê a graça de terminar em fé, dizendo: “que aconteça comigo conforme a tua palavra”.

Glen Packiam é pastor sênior associado da New Life Church, em Colorado Springs. Entre as obras de sua autoria estão Worship and the World to Come e The Resilient Pastor (fevereiro de 2022).

Reflita em Lucas 1.26-38.


Por que é significativo o fato de que Maria inicialmente tenha ficado “perturbada” e feito uma pergunta [ao anjo]? De que modo ela exemplifica a formação espiritual nesse episódio? De que maneiras a resposta de Maria faz você se sentir desafiado ou inspirado? Ore, expressando sua entrega total a Deus.

Tempo de silêncio, tempo sagrado

Leitura do Advento para o dia 20 de dezembro.

Christianity Today December 20, 2021

Quarta Semana: Encarnação e Natividade


Nesta semana veremos os eventos da Natividade e vamos refletir sobre o milagre do Verbo eterno que veio ao mundo como uma criança, um ser humano. Aprenderemos lições de fé com as pessoas que Deus escolheu para desempenhar um papel nesses eventos. E celebraremos as boas novas de grande alegria para todas as pessoas!

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Leia Lucas 1.5-25, 57-66

Se você cresceu com neve no Natal, sabe que não há nada como o silêncio de uma noite fria de inverno. E isso não é mero sentimentalismo — é parte do projeto criativo de Deus. A neve fresca absorve e amortece o som. O padre Joseph Mohr foi um dos que refletiu sobre esse fenômeno de uma noite fria de inverno. Mohr, um jovem sacerdote, escreveu as palavras que vieram a se tornar a adorada canção de Natal que frequentemente cantamos nesta época do ano, “Noite Feliz” [em inglês, “Silent Night” ou “Noite Silenciosa”].

Na história que se desenrolou por trás do nascimento de Jesus, encontramos outro sacerdote, Zacarias, e sua esposa, Isabel. Lucas nos diz que ambos eram descendentes de sacerdotes e pessoas muito fiéis e piedosas. Mas eles também sofriam muito, pois seu casamento de muitos anos não gerara filhos, e agora eles já estavam velhos. Então, um milagre aconteceu: o anjo Gabriel disse a Zacarias que Deus responderia às suas orações angustiadas de décadas. E eles teriam um filho!

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Essa história poderia terminar aí, e seria um maravilhoso conto de Natal em que a tristeza fora substituída por alegria. Contudo, há nessa melodia uma nota inesperada e sombria que não podemos ignorar. Como Zacarias lutou para acreditar na mensagem do anjo Gabriel (e quem não lutaria?), ele ficou mudo durante toda a gravidez de Isabel. Ele ficou em silêncio. Zacarias passou de um sacerdote de Deus respeitável e bem articulado a um velho homem que só conseguia se comunicar por sinais manuais. Isso era vexatório — e até mesmo humilhante. O que devemos fazer com essa reviravolta perturbadora da história?

Deus está sempre fazendo mil e uma coisas boas em cada situação, mesmo que não possamos vê-las. O coração compassivo de Deus ainda está operando aqui, proporcionando a este casal de idosos um filho da alegria. O poder de Deus se manifesta em, mais tarde, usar esse filho para trazer a redenção ao mundo. Ele se tornaria o famoso profeta que batizava no deserto, chamando de volta o povo de Deus e apontando para Jesus.

A história de Zacarias nos mostra que Deus continua a fazer sua obra boa e graciosa, mesmo em meio a nossa condição de criaturas caídas, tomadas pela descrença. A fé hesitante de Zacarias não foi obstáculo para o poder de Deus. Embora o silêncio forçado de Zacarias fosse frustrante e humilhante, na realidade, foi um presente. Por meio desse milagre negativo, Deus mostrou a Zacarias e ao mundo que todos aqueles acontecimentos não eram meras coincidências. Não, essa temporada de silêncio demonstrou que Deus estava se movendo de maneira nova e poderosa para trazer vida ao mundo. Como resultado, a história de Zacarias não terminou em juízo, mas sim com Deus abrindo a boca mais uma vez para proclamar toda a beleza da misericórdia divina.

Jonathan T. Pennington é professor de Novo Testamento no Southern Seminary e pastor na área de formação espiritual. Entre seus livros está Jesus the Great Philosopher.

Leia Lucas 1.5-25, 57-66.


(Opção: revisite também os v. 67-79.)


Zacarias foi o primeiro a perceber que Deus estava fazendo algo incrível — algo pelo qual o povo de Deus estava esperando. O que você imagina que Zacarias pensou ou se perguntou durante seus meses de silêncio? O que a história dele destaca sobre Deus e a salvação?

O que significa ser Deus

Leitura do Advento para o dia 19 de dezembro.

Christianity Today December 19, 2021

Quarta Semana: Encarnação e Natividade


Nesta semana veremos os eventos da Natividade e vamos refletir sobre o milagre do Verbo eterno que veio ao mundo como uma criança, um ser humano. Aprenderemos lições de fé com as pessoas que Deus escolheu para desempenhar um papel nesses eventos. E celebraremos as boas novas de grande alegria para todas as pessoas!

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Leia Filipenses 2.5-11

Uma maneira comum de entender o belo hino de louvor a Jesus Cristo, em Filipenses 2.5-11, é observar que ele nos mostra um paradoxo totalmente incompreensível: O poderoso Filho de Deus, que, junto com seu Pai, trouxe a criação à existência, subsequentemente dignou-se a se tornar um humilde ser humano — o equivalente a um poderoso monarca ser reduzido a um besouro rastejante.

Essa maneira de ler Filipenses 2 enfatiza a incompatibilidade entre a glória do Filho — anterior à encarnação — e a humilhação que ele sofreu durante sua vida terrena. A palavrinha embora, presente na maioria das versões bíblicas, tem sido a pista vital para esta interpretação: “[Jesus], embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens”(v. 6,7, ênfase acrescentada). Apesar de compartilhar da igualdade de Deus Pai, Jesus, o Filho, ainda assim escolheu abrir mão desse status por nós.

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Certamente, essa é uma interpretação plausível das palavras de Paulo. Mas o texto no idioma original é ambíguo, e é possível traduzi-lo de forma diferente, deixando de fora o conector contrastivo embora. Paulo, com toda tranquilidade, pode ter sugerido algo sutilmente diferente como: porque tinha a forma de Deus, portanto, Jesus esvaziou-se a si mesmo.

Conforme a primeira maneira de ler o texto, existe algo fundamentalmente incomensurável entre a glória do Filho de Deus e seu esvaziamento. A glória do Filho de Deus é compreendida apesar do seu esvaziamento. E, obviamente, há muita verdade nessa maneira de interpretar as palavras de Paulo, o que ressalta para nós o custo que Deus se dispôs a pagar para se aproximar de nós.

Contudo, de acordo com a segunda maneira de ler o hino de Paulo, há algo misteriosamente congruente entre o esplendor eterno do Filho de Deus e sua autoabnegação voluntária na encarnação. Esta última revela ou explica do que o esplendor eterno do Filho de Deus realmente trata, e manifesta que o caráter de Deus é de um amor que se entrega “ao longo de todo o caminho”, por assim dizer.

Em outras palavras, se quisermos entender o que realmente significa essa igualdade do Filho Jesus com Deus Pai — com o que ela se parece, quando traduzida na forma de uma vida humana — então, devemos olhar para aquele pequenino bebê no colo de Maria, para aquela figura desamparada na cruz do Calvário, e para aquele jardineiro de coração terno que traz palavras de paz a seus amigos, naquela primeira manhã de Páscoa. Ao viver, morrer e ressuscitar por nós, Jesus não apenas nos revela a verdadeira humanidade — ele nos mostra o que a divindade de Deus fundamentalmente significa.

Wesley Hill é pastor da Trinity Episcopal Cathedral, em Pittsburgh, Pensilvânia, e professor associado de Novo Testamento no Western Theological Seminary, em Holland, Michigan.

Reflita em Filipenses 2.5-11. (Opção: também reflita em João 1.14.) De que maneira a encarnação nos aponta para verdades profundas sobre o amor e a natureza de Deus? De que modo essas verdades são centrais para o evangelho? Como elas impactam sua vida diária? Ore e expresse sua resposta a Deus.

O rei bebê

Leitura do Advento para o dia 18 de dezembro.

Christianity Today December 18, 2021

Terceira semana: Sacrifício e Salvação


Deus falou por meio dos profetas do Antigo Testamento, usando palavras e imagens poéticas para descrever a esperança da salvação. Nesta semana veremos algumas profecias que apontam para o Messias — o servo, a luz, o prometido por quem o povo de Deus tanto esperava.

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Leia Isaías 9.6,7

Em minha experiência pessoal, assistir a desenhos animados tem sido parte essencial da minha vida de pai de três meninos. O poderoso chefinho é um desses filmes. O filme faz uma caricatura de um bebê que se acha “já adulto” e fica constantemente mandando no irmão de sete anos, pelas costas dos pais.

A ironia em Isaías 9.6,7 é uma justaposição semelhante: a passagem traz um bebê recém-nascido que é “já adulto”. Isaías descreve este prometido como uma criança recém-nascida que tem o governo do reino sobre seus ombros e será chamada “Maravilhoso Conselheiro, Deus Poderoso, Pai Eterno, Príncipe da Paz”.

O testemunho incrível desse texto profético é que Jesus é tudo isso e muito mais. Jesus, nascido como uma criança humana, é totalmente humano e totalmente divino: o Deus-homem, o rei bebê.

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Isaías estava falando para uma comunidade judaica desencorajada, que tateava na escuridão, esperando encontrar um caminho para se libertar da “aflição, [das] trevas e [da] temível escuridão” (8.22). Nesse contexto, Isaías profetiza: “Ele estenderá o seu domínio, e haverá paz sem fim sobre o trono de Davi e sobre o seu reino, estabelecido e mantido com justiça e retidão, desde agora e para sempre” (9.7). Esta referência ao trono de Davi remete à promessa de Deus a Davi: “escolherei um dos seus filhos para sucedê-lo, […], e eu estabelecerei o reino dele […]e eu firmarei o trono dele para sempre” (2Sm 7.12,13). Deus é um Deus que guarda a sua aliança. E nada impedirá o milagre prometido: “O zelo do Senhor dos Exércitos fará isso” (Is 9.7). Deus é zeloso em cumprir as alianças com seu povo.

Deus também é zeloso e apaixonado pelo evangelho. A boa nova no fato de Jesus ter se tornado carne é que, em Cristo, não há mais trevas (Is 9.2; Jo 1.4,5, 14). Deus está se movendo por todo o mundo, por todos os continentes, por todas as nações, expondo as trevas por meio do poder da primeira vinda de Cristo e de sua volta iminente. A entrada encarnacional de Jesus no mundo significa um novo dia, “Porque um menino nos nasceu, um filho nos foi dado” (Is 9.6)!

Esta é a boa nova, o evangelho que devemos compartilhar com o mundo. A luz veio; a luz é Jesus! Não precisamos mais viver nas trevas e podemos compartilhar essa luz com um mundo que precisa ouvir sobre nosso “Deus Poderoso”, nosso “Príncipe da Paz”. Que possamos proclamar livremente: Jesus, o rei bebê, está aqui e quer reinar nos vossos corações.

Matthew D. Kim é professor de Pregação e Teologia Prática da cátedra Professor George F. Bennett, no Gordon- Conwell Theological Seminary, e autor da obra Preaching to People in Pain.

Medite em Isaías 9.6-7.


(Opção: reflita também em João 1.14.)


De que maneira essa promessa aponta para os princípios fundamentais do evangelho? Quais aspectos dessa profecia mais chamam sua atenção? Por quê? Ore, louvando a Cristo por cada aspecto de sua identidade descrita em Isaías 9.6-7.

A luz está vindo

Leitura do Advento para o dia 17 de dezembro.

Christianity Today December 17, 2021

Terceira semana: Sacrifício e Salvação


Deus falou por meio dos profetas do Antigo Testamento, usando palavras e imagens poéticas para descrever a esperança da salvação. Nesta semana veremos algumas profecias que apontam para o Messias — o servo, a luz, o prometido por quem o povo de Deus tanto esperava.

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Leia Isaías 9.1-2

Não esquecerei tão cedo uma curta troca de mensagem de texto que tive recentemente com um amigo de outra cidade. Ele estava fazendo todas aquelas coisas que faz um turista em Nova York. Pedi que me passasse uma visão geral de seu itinerário. Ele respondeu por mensagem de texto: “a primeira parada será no memorial do 11 de setembro”. Ler essas palavras me colocou em um estado de reflexão imediata, espontânea.

Veja bem, embora eu tenha nascido em Nova York, nunca estive no memorial do 11 de setembro. Não é que eu não saiba como chegar lá. A questão é simplesmente… bem,… a escuridão. Eu teria de enfrentar a escuridão daquele dia e ser lembrado das constantes manifestações da escuridão que permeiam nosso mundo — as guerras, o racismo, a perda da vida e a fragilidade de sua natureza. É tanta escuridão!

No entanto, mesmo com toda essa escuridão diante de nós, o Advento situa nosso mundo no contexto de uma história mais ampla e repleta de esperança. É a história da luz avassaladora de Deus entre seu povo. Uma luz que ilumina a escuridão, tanto a individual quanto a coletiva, que experimentamos e testemunhamos. Uma luz de cura.

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O Advento nos convida a uma expectativa em oração, a uma santa espera, a um olhar atento. O que estamos esperando? A luz resplandecente. A luz de Deus.

Isaías anuncia que uma grande luz está vindo — e de uma fonte inesperada. Está abrindo caminho por meio de uma criança, o Messias. Essa luz não se encontra em nenhum novo poder político nem em algum movimento cultural. Também não se encontra em uma ideologia específica; antes, essa luz se encontra por meio do Deus vivo na carne. Este é um tema importante nas Escrituras, e foi escolhido por João, que escreveu esse Evangelho. Nas palavras dele, a luz que veio não é uma radiação eletromagnética impessoal. É a verdade surpreendente da manifestação pessoal do ser do próprio Deus em Jesus Cristo. Jesus é “a luz [que] brilha nas trevas, e as trevas não a derrotaram (1.5).

Isaías fala profeticamente sobre um dia que viria — e que já veio, em Jesus. No entanto, também esperamos por outro dia em que a escuridão será total e definitivamente vencida. Esta é a promessa nestes tempos de Advento.

O Advento nos lembra que não importa quão escuro esteja, a luz veio, e está vindo. Portanto, tenha bom ânimo! A escuridão que você sente hoje não terá a última palavra. Nem a dor, nem a incerteza, nem o desespero. Como Wendell Berry disse uma vez: “Tudo fica mais escuro e mais escuro e mais escuro, e então, Jesus nasce”.

Rich Villodas é o pastor sênior da New Life Fellowship, no Queens, Nova York. Ele é o autor de The Deeply Formed Life: Five Transformative Habits to Root Us in the Way of Jesus.

Reflita em Isaías 9.1-2.


(Opção: leia também Mateus 4.12-17 e João 1.1-5.)


Que escuridão neste mundo ou em sua vida às vezes é difícil de enfrentar? Como a promessa de Isaías encoraja você? Como Jesus — a Luz — superou as trevas em sua vida?

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