Raiou uma Luz

Leitura do Advento do dia 11 de dezembro.

Leituras devocionais do Advento 2022.

Leituras devocionais do Advento 2022.

Christianity Today December 11, 2022
Stephen Crotts

Semana 3: A Luz do Mundo


As Escrituras usam o tema das trevas e da luz para descrever o Prometido — e o próprio Jesus identificava-se como esta luz profetizada. Nele, experimentamos salvação e iluminação espiritual. Mas Jesus é luz não apenas para nós, como indivíduos — ele é luz para todas as nações. Jesus é a Luz do Mundo.

Leia Isaías 8.21—9.7

O povo que caminhava em trevas viu uma grande luz; sobre os que viviam na terra da sombra da morte raiou uma luz. (ISAÍAS 9.2)

Por ter crescido em uma pequena cidade do Alasca, eu estava bem acostumado com a escuridão. Nas profundezas do inverno, umas poucas horas de sol por dia apenas logo davam lugar a noites longas e implacáveis. E os efeitos da escuridão iam além da inconveniência de ter de limpar a calçada com luz artificial. A falta de luz trazia consigo uma falta de esperança. Os longos invernos do Alasca produzem isolamento, depressão e, às vezes, desespero. Na escuridão não há visão, nem direção, nem propósito.

Isaías 8 fala de uma época em que Israel estava bem familiarizado com as trevas. Sob ameaça de invasão por uma superpotência internacional (a Assíria), o povo de Deus encontrava-se em um lugar tomado por medo e pavor. Em vez de se voltarem para Deus como sua esperança, eles multiplicavam o próprio medo, envolvendo-se em conspirações e consultando médiuns ocultistas (v. 12, 19), o que os levava a afundar ainda mais na completa escuridão.

E, no entanto, em meio a essa aflição, o profeta Isaías proclama que “o povo que caminhava em trevas viu uma grande luz”. Apesar de suas próprias tentativas de sair da escuridão, uma luz raiou sobre eles. O que é essa luz? Quem poderia trazer esperança em meio à completa escuridão? Isaías declara: “Porque um menino nos nasceu”.

Embora uma criança certamente não seja páreo para os soldados da Assíria, essa criança é diferente. Esse filho crescerá para ser um rei que governará com retidão e justiça. Embora ele vá reinar do trono de Davi, seu reino se estenderá até os confins da terra e será estabelecido por toda a eternidade. Por meio desse filho ungido, a luz não só brilhará em meio às trevas, mas também as vencerá.

Para ser notificado de novas traduções em Português, assine nossa newsletter e siga-nos no Facebook, Twitter ou Instagram.

A promessa anunciada por Isaías finalmente se cumpriu, centenas de anos depois, quando uma criança, um filho, nasceu sob a ameaça de outra superpotência internacional. Jesus é a Luz do Mundo. E, embora nosso mundo ainda permaneça em total escuridão, a luz do evangelho brilha em meio às trevas. Pois Jesus reina com graça e governa com amor. Seu reino não terá fim.

Os invernos no Alasca eram rigorosos. Mas eu não lhe contei sobre os verões. No auge do verão no Alasca, a luz do dia dura 24 horas. Não há escuridão. Tudo é luz. Uma imensa alegria! Quando Cristo voltar, ele fará novas todas as coisas. O livro do Apocalipse nos diz que, na nova criação, não haverá necessidade do sol (22.5), pois a glória de Deus brilhará mais do que mil sóis! Andaremos na luz e experimentaremos a pura alegria do reino de Cristo para sempre.

Jeremy Treat é pastor da Reality LA e professor adjunto da Biola University. É autor de Seek First e The Crucified King.

Considere Isaías 8.21—9.7.


Como o contexto histórico dessa grande promessa impacta a sua compreensão? Como ele fala ao contexto de hoje?

Jesus é a nossa paz

Leitura do Advento do dia 10 de dezembro.

Leituras devocionais do Advento 2022.

Leituras devocionais do Advento 2022.

Christianity Today December 10, 2022
Stephen Crotts

Semana 2: O Príncipe da Paz


Em meio à dor e à violência de nosso mundo, nos apegamos a esta esperança: um dia Jesus vai inaugurar a Paz verdadeira e definitiva. Ele também nos traz paz espiritual, aqui e agora, enquanto experimentamos a redenção e vivemos pelos valores de seu reino. Jesus é o Príncipe da Paz.

Leia João 14.27; 16.33; e Efésios 2.14-18

Pois ele é a nossa paz. (EFÉSIOS 2.14)

Duas verdades podem estar em conflito e, no entanto, se forem verdadeiras, precisamos afirmar ambas.

Em primeiro lugar, temos um mundo repleto de dor e problemas genuínos. Como advertiram os profetas do Antigo Testamento, nossa rebeldia contra Deus distorceu a nós e ao nosso mundo. Fingir o contrário é ser ingênuo, na melhor das hipóteses, ou insensível, na pior. Deus não nos pede para mentir sobre as dificuldades da vida.

Em segundo lugar, Jesus é a nossa paz — não de uma forma barata ou romântica, mas de uma forma terrena, consciente, que altera o cosmos. Ele é a única resposta para toda essa dor e problemas. Enviado pelo Pai, no poder do Espírito, o Filho de Deus tornou-se plena e verdadeiramente humano. Este Deus da paz irrompe em nosso mundo quebrado, como um de nós, e inaugura um mundo renovado, cumprindo a antiga esperança profética. Uma vez que “ele é a nossa paz”, pois “em seu corpo” ele destruiu “a barreira, o muro de inimizade” (Efésios 2.14-15) — não apenas entre o pecador e Deus, mas também entre o judeu e o gentio, homem e mulher, rico e pobre, céu e terra (Gálatas 3.28; Colossenses 1.15-22).

E essas duas verdades se chocam.

Jesus é a nossa paz, não apenas de maneira psicológica, mas também de forma concreta, para todas as áreas da vida. Ele é a nossa paz, não por nos anestesiar, mas por nos perdoar e nos curar e nos envolver em seu amor e sua vida. Mesmo na escuridão da noite, mesmo quando a confusão, a dúvida e o caos giram à nossa volta, Jesus ainda diz: “Não se perturbem os seus corações nem tenham medo” e “Deixo-lhes a paz; a minha paz lhes dou” (João 14.27).

Reconhecemos nossas dificuldades e nosso estado caído como algo doloroso e problemático, pois não se assemelham ao shalom. Enquanto o shalom traz harmonia, benignidade e um mundo que floresce, vivemos em meio a guerras, traições e absorvidos em nós mesmos de maneira sufocante. Mas em resposta à nossa rebeldia e ao caos, Jesus traz sua paz, seu shalom. “Eu lhes disse essas coisas para que em mim vocês tenham paz […]; contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo” (João 16.33). Ao nos conectar a Deus, ele é nosso shalom. Ele é a esperança de Israel e, portanto, a esperança do mundo.

Para ser notificado de novas traduções em Português, assine nossa newsletter e siga-nos no Facebook, Twitter ou Instagram.

É assim que temos paz em um mundo genuinamente perturbado: Deus, para além do nosso mundo, nos deu a si mesmo como nossa paz. Cristo, o Deus-homem, é a nossa paz: Ele não depende de nossas emoções e circunstâncias flutuantes. Deus não nos pede para mentirmos sobre a dor e os problemas nem sobre sua benignidade e a presença em Cristo. Todas essas coisas são verdade. Amado irmão e amada irmã, os problemas existem, mas Cristo é nossa paz em meio aos problemas, e ele nos dá refúgio, força e direção para estender sua paz a este mundo ferido.

Kelly M. Kapic é teóloga do Covenant College e autora ou editora de vários livros, entre eles Embodied Hope e You're Only Human.

Medite em João 14.27; 16.33; e Efésios 2.14-18.


De que modo Jesus é a sua paz, de forma concreta, para todas as áreas da vida — mesmo em meio às dificuldades bem reais que todos nós enfrentamos?

Nascido para ser ferido

Leitura do Advento do dia 9 de dezembro.

Leituras devocionais do Advento 2022

Leituras devocionais do Advento 2022

Christianity Today December 9, 2022
Stephen Crotts

Semana 2: O Príncipe da Paz


Em meio à dor e à violência de nosso mundo, nos apegamos a esta esperança: um dia Jesus vai inaugurar a Paz verdadeira e definitiva. Ele também nos traz paz espiritual, aqui e agora, enquanto experimentamos a redenção e vivemos pelos valores de seu reino. Jesus é o Príncipe da Paz.

Leia Isaías 52.13—53.12

Mas ele foi transpassado por causa das nossas transgressões, foi esmagado por causa de nossas iniquidades; o castigo que nos trouxe paz estava sobre ele, e pelas suas feridas fomos curados. (ISAÍAS 53.5)

A expectativa crescia, à medida que o povo de Deus aguardava a chegada de seu Messias, assim como hoje aguardamos a celebração de seu nascimento. No entanto, este quarto Cântico do Servo em Isaías parece muito mais uma eulogia do que um anúncio de nascimento. Fala daquele que não só está vindo, mas daquele que é enviado. Cada pedaço da biografia do servo é imbuído de propósito.

A história do servo não é mera tragédia. Pelo contrário, este cântico começa e termina afirmando o triunfo e a exaltação do servo prometido. O meio do cântico mostra como ele terá sucesso: através do sofrimento. Fisicamente, o servo seria transpassado, perfurado, esmagado e desfigurado. Emocionalmente, sua alma seria sobrecarregada de tristeza, sofrimento e angústia. Socialmente, ele seria rejeitado, desprezado e oprimido. Seu corpo, seu espírito e seus relacionamentos seriam rompidos. Essa vida inestimável, porém nada invejável, seria abreviada, desvalorizada e profanada. “Contudo”, diz Isaías, “foi da vontade do Senhor esmagá-lo e fazê-lo sofrer” (Isaías 35.10).

Mas por quê? Para qual propósito? Porque “o castigo que nos trouxe a paz estava sobre ele”. Seus ombros afundados em tristeza carregariam a dor do mundo, seu esmagamento removeria nossa culpa, seus vergões garantiriam nossa cura, e seu ostracismo e seu julgamento comprariam nossa paz. Como profecias messiânicas, esses cânticos apontam para um rei-sacerdote separado, que um dia governaria e faria ofertas pelo povo de Deus. No Novo Testamento, tanto Filipe quanto Pedro veem Cristo como o cumprimento desse cântico. Filipe explica o evangelho ao eunuco etíope usando esta passagem (Atos 8.26-40). Pedro usa esse cântico para exortar os seguidores de Cristo perseguidos, a fim de perseverarem pois o caminho de sofrimento fora bem trilhado por seu Salvador (1Pedro 2.22-24).

Quando refletimos sobre Jesus como o Príncipe da Paz, esta passagem desafia as imagens tranquilas e idílicas de paz que possam nos vir à mente. Nossa paz foi conquistada por meio de uma violência cruel contra Jesus — custou-lhe uma vida inteira pontuada por tristeza, incompreensão e rejeição. Esse sofrimento é o que esperava o bebê que traz a paz dos nossos cânticos de Natal.

Para ser notificado de novas traduções em Português, assine nossa newsletter e siga-nos no Facebook, Twitter ou Instagram.

Nossa imagem do menino Jesus envolto em faixas, nos braços amorososo de seus pais, contrasta fortemente com a difícil verdade deste Cântico do Servo — do Pai que não só enviou o Filho para uma morte prematura, mas também a tinha como propósito. Enquanto a maioria dos pais humanos anseia e ora por um futuro brilhante para seus filhos, aqui vemos uma missão de morte movida por amor que garantirá a sobrevivência de muitos. Este cântico não nos fala apenas do servo que foi enviado para sofrer, mas fala também do coração do Pai: desejoso por salvar seu povo a qualquer custo, mesmo ao custo pessoal mais gravoso.

Alicia Akins é estudante de pós-graduação em estudos bíblicos no Reformed Theological Seminary, em Washington, D.C., e autora de Invitations to Abundance.

Reflita em Isaías 52.13—53.12.


Opcional: Leia também o terceiro Cântico do Servo, em Isaías 50.4-9.


De que modo o sofrimento aqui descrito contrasta com sua visão da paz? Como a altera ou a enriquece?

Nossa esperança do jubileu

Leitura do Advento do dia 8 de dezembro.

Leituras devocionais do Advento 2022

Leituras devocionais do Advento 2022

Christianity Today December 8, 2022
Stephen Crotts

Semana 2: O Príncipe da Paz


Em meio à dor e à violência de nosso mundo, nos apegamos a esta esperança: um dia Jesus vai inaugurar a Paz verdadeira e definitiva. Ele também nos traz paz espiritual, aqui e agora, enquanto experimentamos a redenção e vivemos pelos valores de seu reino. Jesus é o Príncipe da Paz.

Leia Isaías 61.1-4 e Lucas 4.16-21

Enviou-me para cuidar dos que estão com o coração quebrantado, anunciar liberdade aos cativos e libertação das trevas aos prisioneiros, para proclamar o ano da bondade do Senhor e o dia da vingança do nosso Deus. (ISAÍAS 61.1-2)

Quando Jesus abriu o rolo e leu Isaías 61, seus ouvintes esperavam por muitas gerações pelo Prometido — o Príncipe da Paz, aquele que traria a justiça e a liberdade. Eles testemunharam inúmeras guerras, a ocupação por sucessivos impérios e mudanças culturais que os desorientaram enquanto navegavam com fé por tais circunstâncias.

Nós também vivemos em tempos de caos geopolítico, violência e confusão. Nós também esperamos que o Príncipe da Paz venha em glória, para trazer a ressurreição final e restauração a lugares de morte e luto. Dói esperar. Enche nosso peito de anseio.

Isaías 61.1-4 refere-se ao Ano do Jubileu, em Levítico 25 — uma ordem radical que determinava a restauração de terras e pessoas que haviam sido vendidas como escravas por causa de dívidas. O Ano do Jubileu era o ano do favor do Senhor, quando os escravos por dívidas seriam libertados e casas e terras seriam devolvidas. Deus desejava que cada filha e filho de Israel fossem devolvidos ao lar. No entanto, Isaías 61 também fala da vingança de Deus — e Jesus diz, de maneira inquietante, que ele veio não para trazer a paz, mas a espada e a divisão (Mt 10.34-36). Como, então, Jesus poderia ser aquele que traria a paz?

Quando fala do Príncipe da Paz, Isaías está falando do shalom — que não é só a ausência de violência ou do mal, mas é também a plenitude de uma vida boa — de amor ao próximo, a fim de vê-lo florescer, e de seguir a um Deus amoroso todos os dias.

Para ser notificado de novas traduções em Português, assine nossa newsletter e siga-nos no Facebook, Twitter ou Instagram.

O dia sabático semanal quebra nosso ritmo de trabalho com descanso e shalom, e o Jubileu é o sabático dos sabáticos. É o auge do shalom. Portanto, quando Jesus declara a chegada do shalom do jubileu, ele não apenas oferece a salvação do julgamento após esta vida, mas também assegura que ele é a chegada da libertação da escravidão — por dívida tanto monetária quanto espiritual — para a liberdade e a restauração nesta vida e além. Assim, o nascimento e a vida de Jesus são mais do que um prelúdio para a cruz. De fato, seu nascimento, sua vida, a cruz e a ressurreição são todos parte da história maior de Deus libertando seu povo — um povo que confia em Deus e ama o próximo. Assim como os israelitas foram chamados a confiar em Deus para libertação e provisão no deserto, também somos chamados a confiar no Senhor para o mesmo — contra todas as probabilidades, seja na guerra, na turbulência política ou na peregrinação. E somos chamados a amar nosso próximo como parte dessa esperança ativa.

Jesus inaugurou o Jubileu à sombra do Império Romano invasor, e nos convida, apesar das trevas ao nosso redor, a segui-lo e a viver em seu reino do jubileu. Ele nos convida a ativamente ansiar, esperar e aguardar que o poder da sua ressurreição se manifeste de maneiras inesperadas, à medida que ele se move e vive em nós.

Sarah Shin é doutoranda em teologia sistemática na Universidade de Aberdeen, Escócia. É autora de Beyond Colorblind: Redeeming Our Ethnic Journey.

Considere Isaías 61.1-4 e Lucas 4.16-21.
Opcional: Leia também Levítico 25.


Como a ideia do Jubileu enriquece sua leitura da profecia de Isaías? E a leitura do fato que Jesus se identifica como o cumprimento dessa profecia? E a de Jesus como o Príncipe da Paz?

A paz curadora de Jesus

Leitura do Advento do dia 7 de dezembro.

Leituras devocionais do Advento 2022

Leituras devocionais do Advento 2022

Christianity Today December 7, 2022
Stephen Crotts

Semana 2: O Príncipe da Paz


Em meio à dor e à violência de nosso mundo, nos apegamos a esta esperança: um dia Jesus vai inaugurar a Paz verdadeira e definitiva. Ele também nos traz paz espiritual, aqui e agora, enquanto experimentamos a redenção e vivemos pelos valores de seu reino. Jesus é o Príncipe da Paz.

Leia Isaías 42.1-4 e Mateus 12.15-21

Não quebrará o caniço rachado, e não apagará o pavio fumegante. (ISAÍAS 42.3)

Isaías e Mateus sabiam o que significa dizer que Jesus é o Príncipe da Paz. Quando Mateus descreve Jesus como aquele que cumpriu Isaías 42.1-4, vemos uma imagem do shalom, a palavra em hebraico para paz. Ao contrário de nossa compreensão muitas vezes estreita de paz como simplesmente “ausência de guerra”, o shalom abrange uma imagem ampla de como Deus faz certas todas as coisas erradas do mundo. Este shalom de Deus é uma paz que traz ordem a partir do caos e justiça em lugar da injustiça.

Isaías 42 começa apresentando o escolhido de Deus, o “meu servo”. Este é o primeiro dos que alguns chamam de Cânticos do Servo; os demais cânticos encontram-se nos capítulos 49.1-6, 50.4-9 e 52.13—53.12. Eles contam a história do servo de Deus decretando a salvação até os confins da terra (nos capítulos 42, 49, 50) e salvando o povo de Deus através do sofrimento do próprio servo (nos capítulos 52—53).

Aqui, em 42.1-4, o servo é aquele que Deus sustenta e em quem se deleita. Este servo traz alegria a Deus! O Espírito de Deus está sobre este servo, para que ele possa trazer justiça às nações. Esta não é uma mensagem de paz apenas para Israel, mas para o mundo inteiro.

É plausível se esperar que este servo cheio do Espírito seja altivo e orgulhoso do seu status de escolhido por Deus; em vez disso, porém, o que o caracteriza é a sua humildade. Ele não grita nas ruas; antes, cuida daqueles que estão sofrendo. Ele é alguém que consegue ver que um caniço está rachado — que uma pessoa está se sentindo pisoteada — mas não vai deixar que se quebre. É alguém que sustenta a pessoa que se sente como uma pequena vela prestes a se apagar, e não deixa que sua chama se apague. O que significa trazer paz para aqueles que mal estão se aguentando? A busca do servo por justiça é caracterizada por gentileza. Ele vê aqueles que passam por vulnerabilidades; e não vai deixá-los cair.

Para ser notificado de novas traduções em Português, assine nossa newsletter e siga-nos no Facebook, Twitter ou Instagram.

Mateus 12 descreve como Jesus cumpre a profecia de Isaías. A princípio, pode parecer que Jesus está cumprindo essa profecia ao pedir a seus discípulos que fiquem calados (v. 16), mantendo um silêncio semelhante ao do servo, em Isaías 42. Mas se olharmos todo o capítulo, Mateus nos mostra algo diferente. Jesus, como servo, cuida daqueles que precisam de cura. Nas passagens anteriores e posteriores aos versículos 15-21, a ênfase está em como Jesus curava no sábado (v. 1-14), em como Jesus “curou a todos os doentes” (v. 15) e como curou um homem possuído pelo demônio, devolvendo-lhe a visão e a capacidade de falar (v. 22).

O tipo de paz que Jesus traz nos encontra nossos lugares mais fracos, transformando a injustiça em justiça, restaurando o que foi ferido. E ele faz isso com a gentileza de seu toque amoroso.

Beth Stovell ensina Antigo Testamento no Ambrose Seminary. É coeditora de Theodicy and Hope in the Book of the Twelve e autora dos comentários Minor Prophets I and II, no prelo.

Reflita em Isaías 42.1-4 e Mateus 12.15-21.
Opcional: Leia também Mateus 12.1-14, 22-37.


Como você já experimentou o

shalom

de Jesus que Isaías e Mateus descrevem? Que outras cenas nos Evangelhos lhe vêm à mente, como exemplos da paz de Jesus?

Descanso pacífico

Leitura do Advento do dia 6 de dezembro.

Leituras devocionais do Advento 2022

Leituras devocionais do Advento 2022

Christianity Today December 6, 2022
Stephen Crotts

Semana 2: O Príncipe da Paz


Em meio à dor e à violência de nosso mundo, nos apegamos a esta esperança: um dia Jesus vai inaugurar a Paz verdadeira e definitiva. Ele também nos traz paz espiritual, aqui e agora, enquanto experimentamos a redenção e vivemos pelos valores de seu reino. Jesus é o Príncipe da Paz.

Leia Isaías 11.1-10

Naquele dia as nações buscarão a Raiz de Jessé, que será como uma bandeira para os povos, e o seu lugar de descanso será glorioso. (ISAÍAS 11.10)

Uma das grandes tensões que muitas vezes sentimos durante o Advento é a disparidade entre a promessa de paz feita por Deus e a presença de guerra e violência em nosso mundo. Isaías predisse que o reinado do Messias traria um mundo sem preocupações. Imagine uma mãe em perfeito descanso, observando seus filhos brincarem perto do esconderijo de uma cobra, e não fazendo nada. Como pai de cinco filhos, acho essa cena difícil de imaginar!

Os pais conhecem esse sentimento de pânico avassalador, quando um filho se aproxima do perigo. Durante o reinado do Messias, como descreve Isaías, esse sentimento será extinto.

Em nossa experiência de vida, porém, o mundo não se parece nada com isso. O poema de Thomas Hardy, “Natal: 1924”, escrito há quase 100 anos, lamenta,

“Paz na terra!”, foi dito. Nós a cantamos, E um milhão de sacerdotes para trazê-la pagamos. Após dois mil anos de missa, do prometido O máximo que temos é gás envenenado.”

Como reconciliamos a promessa de descanso pacífico com a realidade de gás envenenado — ou de mísseis balísticos?

A resposta encontra-se na tensão entre o e o ainda não. Durante os dias de Isaías, as promessas que Deus havia feito ao rei Davi, em 2Samuel 7 — promessas de um reino duradouro e abençoado — pareciam ter sido quebradas. A casa de Davi parecia uma árvore derrubada. De seu toco seco, porém, brotaria um ramo cheio do Espírito: Jesus, o Filho de Davi. Ele traria a paz tanto para judeus quanto para gentios, e seria como uma bandeira que uniria nações inimigas (Is 11.10; Ef 2.15).

Isso é realizado hoje, em parte, por meio da igreja, onde até cobradores de impostos como Levi e fanáticos como Simão encontram paz pelo sangue de Cristo. O templo de Deus no mundo é feito de pedras vivas, e os tijolos com os quais Deus o edfica são escolhidos dentre todas as tribos, línguas e nações. Hoje, podemos experimentar a paz prometida do rei-messias que diz aos que estão cansados: “Eu lhes darei descanso” (Mt 11.28).

Para ser notificado de novas traduções em Português, assine nossa newsletter e siga-nos no Facebook, Twitter ou Instagram.

Mas o ainda não da profecia de Isaías chegará com o segundo advento de Jesus (Isaías 11.4; 2Tessalonicenses 2.8). Isso é antecipado pelas imagens edênicas de animais predadores subjugados, na profecia de Isaías. Jesus um dia dominará perfeitamente a criação, acalmando feras mortais e transformando até mesmo uma serpente em brinquedo de criança. O mundo glorificado da nova criação satisfará em definitivo nossos anseios mais profundos por justiça e paz.

O Advento nos lembra do glorioso descanso, que nos é dado por meio da primeira vinda de Jesus, e que antecipa a restauração plena que acompanhará a sua volta. Neste intervalo de tensão — entre o já e o ainda não — Deus nos chama para sermos marcados pela graça do seu reino, um povo que busca a justiça para os oprimidos e a difusão do conhecimento de Cristo em nossas comunidades (Isaías 11.9; 2Coríntios 2.14). É por meio desse conhecimento que os pecadores cansados ​​recebem o glorioso descanso do reino de Cristo.

Adriel Sanchez é pastor da North Park Presbyterian Church, em San Diego, e apresentador do Core Christianity, um programa de perguntas e respostas transmitido por rádio e podcast.

Medite em Isaías 11.1-10


Quais descrições da paz mais chamam sua atenção? Por quê? Ore, expressando seu anseio pela paz que Cristo traz no já — e no ainda não.

O Príncipe do Shalom

Leitura do Advento do dia 5 de dezembro.

Leituras devocionais do Advento 2022

Leituras devocionais do Advento 2022

Christianity Today December 5, 2022
Stephen Crotts

Semana 2: O Príncipe da Paz


Em meio à dor e à violência de nosso mundo, nos apegamos a esta esperança: um dia Jesus vai inaugurar a Paz verdadeira e definitiva. Ele também nos traz paz espiritual, aqui e agora, enquanto experimentamos a redenção e vivemos pelos valores de seu reino. Jesus é o Príncipe da Paz.

Leia Isaías 35

Águas irromperão no ermo e riachos no deserto. (ISAÍAS 35.6)

Shalom é a palavra hebraica que Isaías usa para descrever a paz que o Prometido trará. É uma bela palavra que exprime integridade, harmonia e saúde. Naqueles pontos em que podemos nos contentar com tréguas inquietantes e soluções superficiais como mensageiros da paz, o shalom representa algo muito mais robusto. Além da cessação da guerra, o shalom é uma transformação das próprias condições que levam à guerra a princípio.

Quando há shalom, tudo começa a funcionar do jeito para o qual foi criado. O shalom refuta a ideia da vida como um jogo de soma zero e ousa imaginar o florescer abrangente de cada pessoa e de cada coisa, tudo ao mesmo tempo. O teólogo Darrell Johnson ensina que o shalom descreve “uma integridade psicossomática-relacional-racial-econômica-espiritual”. No capítulo 35, Isaías retrata essa integridade em uma linguagem lindamente poética.

Vamos começar pela integridade psicológica que o Príncipe do Shalom pode nos oferecer. De acordo com Isaías, há uma oferta de paz que diz: “Sejam fortes, não temam” aos “desanimados de coração” (v. 4) até que “júbilo e alegria” se apoderem de nós e “a tristeza e o suspiro” fujam (v. 10).

E quanto à integridade somática (ou do corpo)? Em uma imagem vívida após a outra, Isaías descreve a cura física: Os cegos verão, os surdos ouvirão, os coxos “saltarão como o cervo” e a língua dos mudos “cantará de alegria” (v. 5-6). Até a própria criação é curada, pois “águas irromperão no ermo e riachos no deserto” (v. 6), o “deserto e a terra ressequida se regozijarão” e “o ermo exultará e florescerá como a tulipa” (v. 1).

À medida que Isaías 35 evolui para seu ápice, nos é oferecida uma visão vibrante da integridade relacional, econômica e espiritual na imagem de um povo redimido que anda e canta junto por um caminho de santidade. Nele não há leões, como nos diz Isaías, e podemos presumir com segurança que o caminho está livre de todos os outros inimigos predatórios ou oportunistas. O povo entra junto em Sião, onde “duradoura alegria coroará suas cabeças” (v. 10).

Para ser notificado de novas traduções em Português, assine nossa newsletter e siga-nos no Facebook, Twitter ou Instagram.

Este shalom definitivo, como nos diz Isaías, é o nosso futuro. Mas há ainda mais do que isso. O autor Jonathan Martin sugere em Prototype que, porque o Príncipe da Paz nos dá seu Espírito, somos chamados a ser “o povo do futuro” — pessoas que praticam o shalom aqui e agora.

Neste Advento, quando você enfrentar situações em que a paz é extremamente necessária, pergunte ao Senhor: Que ação ou atitude seria mais propícia a levar essa situação a um florescer abrangente de todos e de tudo o que está envolvido? Você pode descobrir que o Príncipe do Shalom faz de você um riacho no deserto e enche sua vida de júbilo e alegria.

Carolyn Arends é música, autora e diretora de educação da Renovaré. Seu álbum mais recente é In the Morning.

Reflita em Isaías 35.


Que palavras ou frases você usaria para descrever a paz imaginada aqui? De que modo isso fala à nossa esperança futura? Como isso se relaciona com a obra do Príncipe da Paz em nossas vidas hoje?

Uma Visão da Paz

Leitura do Advento do dia 4 de dezembro.

Leituras devocionais do Advento 2022

Leituras devocionais do Advento 2022

Christianity Today December 4, 2022
Stephen Crotts

Semana 2: O Príncipe da Paz


Em meio à dor e à violência de nosso mundo, nos apegamos a esta esperança: um dia Jesus vai inaugurar a Paz verdadeira e definitiva. Ele também nos traz paz espiritual, aqui e agora, enquanto experimentamos a redenção e vivemos pelos valores de seu reino. Jesus é o Príncipe da Paz.

Leia Isaías 2.1-5 e 9.6-7

Uma nação não mais pegará em armas para atacar outra nação, elas jamais tornarão a preparar-se para a guerra. (ISAÍAS 2.4)

Talvez a maior evidência de que o Prometido é o Deus Poderoso seja esta: Ele é o único — o único — com poder grande o suficiente para trazer a paz duradoura. Ele não só traz paz, ele é a paz. O Príncipe da Paz.

É evidente que estamos acostumados a um mundo em que a paz é enlouquecedoramente ilusória. Em 2003, o jornalista Chris Hedges decidiu determinar se houve algum período de paz contínua na história humana. Definindo guerra como qualquer “conflito ativo que tenha ceifado mais de 1.000 vidas”, ele revisou 3.400 anos de história e encontrou apenas 268 anos sem guerra. Em outras palavras, aproximadamente 92% da história registrada é marcada por conflitos ativos.

É claro que o povo do antigo Israel não precisava de um jornalista para lhes dizer que a existência humana é atormentada por guerras e rumores de guerras. Eles tinham muita experiência pessoal e traumatizante de conflitos, violência e opressão. O que eles precisavam era de um profeta que pudesse lhes dar uma visão de paz vívida o bastante para combater as imagens horrendas já gravadas em suas memórias.

Isaías trouxe a eles — e a nós — justamente essa visão. Considere as imagens do segundo capítulo de Isaías. Todas as nações afluem para o monte de Deus. E lá descobrem que a suposta dicotomia entre paz e justiça sempre foi falsa. O Senhor traz a paz por meio da justiça. Ele julga entre as nações e resolve conflitos ao resolver não apenas as guerras, mas também suas causas subjacentes.

Observe, então, o que acontece quando os seres humanos se encontram na presença do Príncipe da Paz: as espadas e as lanças que eles trouxeram para o monte — armas que há muito tempo eles supunham serem necessárias para sua sobrevivência — de repente parecem estar fora de lugar. As pessoas depõem as armas. Mas o Príncipe da Paz tem algo ainda mais belo em mente. Logo, as pessoas se põem a trabalhar juntas para converter suas armas em utensílios de jardinagem. A engenhosidade humana é redimida e redirecionada de fins destrutivos para fins criativos.

Para ser notificado de novas traduções em Português, assine nossa newsletter e siga-nos no Facebook, Twitter ou Instagram.

Isaías não é ingênuo. Ele via a brutalidade que pode e de fato caracteriza a condição humana. Mas ele também teve um vislumbre do futuro verdejante, vibrante e repleto de paz que o Príncipe da Paz planejara para sua criação. É o tipo de visão que enche de esperança um profeta exaurido — uma visão sobre o tipo de príncipe que um dia fará com que os anjos exclamem: “Glória a Deus nas alturas, e paz na terra aos homens aos quais ele concede o seu favor” ( Lucas 2.14).

Carolyn Arends é música, autora e diretora de educação da Renovaré. Seu álbum mais recente é In the Morning.

Medite em Isaías 2.1-5 e 9.6-7


O que mais impressiona na visão de paz de Isaías? Como essa esperança fala ao nosso mundo de hoje? Ore, expressando louvor ao prometido Príncipe da Paz.

A maior esperança de todas

Leitura do Advento para o dia 3 de dezembro.

Christianity Today December 3, 2022
Stephen Crotts

Semana 1 do Advento: O Deus poderoso


A criança envolta em panos e colocada em uma manjedoura é o glorioso Criador e sustentador de todas as coisas. Ouvimos falar de seu poder e força nos ensinamentos de João Batista. Aguardamos sua volta prometida e seu reinado final. Jesus é o Deus Poderoso.

Leia Apocalipse 21.1-6 e 21.22—22.5

Ouvi uma forte voz que vinha do trono e dizia: “Agora o tabernáculo de Deus está com os homens, com os quais ele viverá. Eles serão os seus povos; o próprio Deus estará com eles e será o seu Deus”. (Apocalipse 21.3)

Imagine um menino sendo intimidado por outros no playground. As crianças o cercam, provocam-no, empurram-no para que caia no chão. Ele está lutando contra as lágrimas, mas isso é tudo o que ele pode fazer; não há como parar com o terror e o tormento.

Então, praticamente do nada, um carro para. É o pai do menino. “Entre no carro, filho”, grita o pai. Rolando para fora do alcance das outras crianças, o menino fica de pé e cambaleia até o carro. Eles aceleram. Quando o menino olha rapidamente pela janela, ele tem certeza de que os valentões estão rindo dele. O garoto está seguro, mas não há como encarar isso como uma vitória. Fuga não é vitória.

O final do livro de Apocalipse — o final da própria Bíblia — não nos mostra a imagem da nossa evacuação ou fuga, mas da chegada de Deus. Jesus venceu o pecado e a morte na cruz. No evangelho de João, Jesus disse da cruz: “Está consumado!” (19.30). Aqui, no Apocalipse de João, aquele que está assentado no trono diz: “Está feito!” (16.17). A primeira declaração foi um anúncio de conclusão; a segunda é uma proclamação de coisas que vão acontecer. A vitória de Jesus na cruz se manifestou em sua ressurreição, mas chegará em plenitude na sua volta. Sabemos que o tempo do Advento é um tempo de espera entre duas chegadas. Mas, a verdade é que também é uma espera entre duas vitórias. Jesus, o Poderoso, venceu, e Jesus, o Poderoso, está voltando.

E, quando vem, ele vem habitar. A visão do fim que o Apocalipse fornece é a de Deus fazendo novos céus e nova terra, unindo o novo céu e a nova terra como um só, e preenchendo-os com sua presença e sua luz. Esta é uma vitória que vem com uma ocupação — só que, neste caso, a ocupação é uma boa notícia, a melhor que o mundo poderia receber! O Criador redimiu sua criação e veio para preenchê-la com sua glória. A história que começou em Gênesis foi aperfeiçoada e completada.

Para ser notificado de novas traduções em Português, assine nossa newsletter e siga-nos no Facebook, Twitter ou Instagram.

Voltemos à cena do playground. Imagine com criatividade um cenário totalmente diferente: em vez de o pai gritar para o filho entrar [no carro] para que eles possam ir embora, o pai estaciona o carro, sai e caminha lentamente. A autoridade de sua presença afasta os valentões. Ele abraça o filho. E chama outras crianças que estão escondidas, que estão sofrendo, para que saiam para a luz. Ele decide ficar por ali e refazer o playground inteiramente, agora com brinquedos melhores e deleites mais brilhantes. Comida e bebida chegam. Depois vem música. E sorvete. Risos são abundantes. De alguma forma, um lugar de dor transformou-se em lugar de alegria.

Glenn Packiam é o pastor principal da Rockharbor Church, em Costa Mesa, Califórnia. É autor de The Resilient Pastor e coautor de The Intentional Year.

Reflita em Apocalipse 21.1-6 e 21.22—22.5.


O que se destaca para você nesta descrição do reinado final daquele que é Poderoso? Que esperança e conforto isso lhe traz? Como você deseja responder a Jesus?

O Juiz Fiel e Verdadeiro

Leitura do Advento do dia 2 de dezembro.

Christianity Today December 2, 2022
Stephen Crotts

Semana 1 do Advento: O Deus poderoso


A criança envolta em panos e colocada em uma manjedoura é o glorioso Criador e sustentador de todas as coisas. Ouvimos falar de seu poder e força nos ensinamentos de João Batista. Aguardamos sua volta prometida e seu reinado final. Jesus é o Deus Poderoso.

Vi o céu aberto e diante de mim um cavalo branco, cujo cavaleiro se chama Fiel e Verdadeiro. Ele julga e guerreia com justiça. (Apocalipse 19.11)

A estudante de pós-graduação que conversava comigo estava cheia de perguntas feitas por seus amigos agnósticos sobre o inferno e o juízo de Deus. Ela achava difícil conciliar o Deus de amor e a mensagem de perdão com as visões do tormento ardente. Enquanto conversávamos, expliquei que existem muitas visões cristãs ortodoxas de como será o juízo final, mas a principal coisa que os cristãos devem fazer é confiar em Jesus como Juiz. Ela ficou visivelmente aliviada.

Seja qual for o motivo — podemos culpar Dante ou a religião popular ou a superstição medieval —, muitas vezes imaginamos que o juízo de Deus é impessoal e frio, como uma execução em massa ou uma bomba detonada à distância. Mas o livro de Apocalipse deliberadamente nos mostra que Jesus está envolvido no julgamento das nações. Penso que há duas razões para isso.

Primeira, justiça e juízo são os dois lados da mesma moeda. Para decretar a justiça, deve-se executar o julgamento. Se queremos que Jesus, o Deus Poderoso, conserte o mundo, ele deve lidar junto com a injustiça e o mal. Nesse versículo a justiça e o juízo de Jesus são descritos de uma forma vívida, que teria impressionado as mentes do primeiro século: na figura de um guerreiro a cavalo empunhando uma espada. Mas devemos tomar cuidado com nossas suposições aqui.

O que nos leva à segunda razão pela qual Jesus é mostrado como aquele que traz a justiça e o juízo: O Jesus que está voltando é o mesmo Jesus que já veio. Não há mudança de identidade entre os adventos. “Jesus Cristo é o mesmo, ontem, hoje e para sempre” (Hebreus 13.8); essa convicção nos ajuda a considerar como Jesus decreta a justiça e executa o juízo. Na cruz, Jesus morreu em solidariedade com o pecador e o sofredor. Ele suportou o peso do juízo de Deus sobre o mal.

Se perguntássemos como Jesus responde à injustiça e ao mal, a resposta é que ele sangra. O juízo recaiu sobre ele para que a justiça — a correção dos erros — pudesse vir para todos. Quando vemos Jesus vindo como um guerreiro cuja túnica está manchada de sangue, esse sangue pode muito bem ser o dele mesmo. Afinal, este é um rei como nenhum outro. Jesus encarna força e poder de uma forma que nunca vimos antes.

Para ser notificado de novas traduções em Português, assine nossa newsletter e siga-nos no Facebook, Twitter ou Instagram.

No entanto, essa passagem não nos deixa sem um alerta. Há aqueles que resistem a esse rei, que insistem em seu próprio caminho, seu próprio governo, seu próprio império. Para estes, a vida encontrará seu fim. As imagens horrendas daqueles que serão devorados retratam a erosão da vida.

O Rei dos reis traz vida com a sua morte. Mas, se você resistir à vida dele e insistir em proteger a sua, em vez de vida você terá morte.

Juízo e justiça andam juntos. E aquele que realizará ambos é Fiel e Verdadeiro. Confiaremos nele para decretar a justiça e executar o juízo?

Glenn Packiam é o pastor principal da Rockharbor Church, em Costa Mesa, Califórnia. É autor de The Resilient Pastor e coautor de The Intentional Year.

Considere Apocalipse 19.4-21.


Como seu conhecimento de Jesus e de seu primeiro advento pode influenciar sua compreensão do segundo advento? Ou da justiça e do juízo do Rei dos reis?

Apple PodcastsDown ArrowDown ArrowDown Arrowarrow_left_altLeft ArrowLeft ArrowRight ArrowRight ArrowRight Arrowarrow_up_altUp ArrowUp ArrowAvailable at Amazoncaret-downCloseCloseEmailEmailExpandExpandExternalExternalFacebookfacebook-squareGiftGiftGooglegoogleGoogle KeephamburgerInstagraminstagram-squareLinkLinklinkedin-squareListenListenListenChristianity TodayCT Creative Studio Logologo_orgMegaphoneMenuMenupausePinterestPlayPlayPocketPodcastRSSRSSSaveSaveSaveSearchSearchsearchSpotifyStitcherTelegramTable of ContentsTable of Contentstwitter-squareWhatsAppXYouTubeYouTube