O Belo Paradoxo

Leitura do Advento do dia 19 de dezembro.

Leituras devocionais do Advento 2022.

Leituras devocionais do Advento 2022.

Christianity Today December 19, 2022
Stephen Crotts

Semana 4: Emanuel


À medida que passamos pelos eventos que cercam o nascimento de Jesus, contemplamos a encarnação. Jesus — o Deus Poderoso, o Príncipe da Paz, a Luz do Mundo —se fez carne e habitou entre nós. Conforme a profecia de Isaías previu, ele é “Deus conosco”. Jesus é Emanuel.

Leia Lucas 1.26-38

Você ficará grávida e dará à luz um filho, e lhe porá o nome de Jesus. Ele será grande e será chamado Filho do Altíssimo. (LUCAS 1.31-32)

O conceito abstrato de poder traz à mente terremotos e tempestades de trovões ou, quem sabe, presidentes e bilionários. O poder nu e cru detém nossa trajetória, forçando-nos a dar atenção a o que quer que seja ou a quem quer que seja que se ponha em seu caminho. Poucos de nós, porém, associam o poder ao útero. No entanto, o útero de Maria carregou o verdadeiro poder, oculto na sombra, invisível, difícil de imaginar.

Nisto encontramos um dos mais belos paradoxos da fé cristã: o Espírito Santo fez um pequenino bebê ser concebido num ventre de mulher, um bebê que era sua própria carne e seu próprio sangue, seu primogênito; este mesmo bebê não era outro senão o Filho de Deus, chamado “Filho do Altíssimo”.

Afinal, Jesus é filho de Maria ou Filho de Deus? É humano ou divino? Sim! As duas coisas são verdade em relação a uma só pessoa, a este bebê. Podemos imaginar Deus trazendo asalvação, ou podemos imaginar um ser humano heróico fazendo coisas revolucionárias. Mas [imaginar] uma única pessoa que é, ao mesmo tempo, plenamente Deus e plenamente homem, sem comprometer a integridade de nenhum destes dois lados? Este é realmente um belo paradoxo — um paradoxo que se encontra no coração da salvação humana.

Este poder não é uma força bruta e infinita, abstraída de todas as demais definições, mas sim a compaixão do Deus eterno, glorioso e santo que se revestiuem carne humana. Seu poder assume a forma de fraqueza, em uma solidariedade divina com a humanidade, forma inteiramente motivada por seu santo amor.

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O anjo proclamou um acontecimento glorioso para Maria — e para nós. Jesus recebe sua plena humanidade de Maria, tornando-se como todos nós em todos os sentidos, exceto pelo fato de que ele refuta o pecado (Hebreus 4.15). Ainda assim, o filho de Maria existia antes de Maria, pois este é o eterno Filho de Deus, aquele que, como o Credo Niceno declara, é “Deus verdadeiro do Deus verdadeiro”. Tendo a natureza eterna de Deus, o Filho procede do Pai pelo Espírito, nunca cessando de ser o Deus Poderoso, ainda que verdadeiramente tornando-se o que não era: uma humilde criatura humana. Jesus — verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem.

Como Leão I (400-461) escreveu em uma carta, quando comentava a encarnação do Filho: “O que ele fez foi aprimorar a humanidade, e não diminuir a divindade. Seu autoesvaziar-se — por meio do qual o invisível se revelou visível e o Criador e Senhor de todas as coisas, eleito para ser contado entre mortais — foi uma aproximação em misericórdia, e não uma falha de poder”. Do ventre de Maria vem o rei-salvador, cujo “reino nunca terá fim”. Que possamos, assim como Maria, responder como “serv[os] do Senhor”, dispostos a confiar no Deus Todo-Poderoso que amou sua criação o suficiente para nela habitar, tornando-se homem, e assim trazendo nova vida ao mundo. Sua plena divindade e sua plena humanidade proclamam seu poder, e ele nos diz: “Não temam”.

Kelly M. Kapic é teóloga do Covenant College e autora ou editora de vários livros, entre eles Embodied Hope e You're Only Human.

Considere Lucas 1.26-38.


O que mais impressiona você na mensagem do anjo Gabriel? Como você deseja responder a Jesus e ao belo paradoxo de sua encarnação?

À Espera de uma Promessa

Leitura do Advento do dia 18 de dezembro.

Leituras devocionais do Advento 2022.

Leituras devocionais do Advento 2022.

Christianity Today December 18, 2022
Stephen Crotts

Semana 4: Emanuel


À medida que passamos pelos eventos que cercam o nascimento de Jesus, contemplamos a encarnação. Jesus — o Deus Poderoso, o Príncipe da Paz, a Luz do Mundo —se fez carne e habitou entre nós. Conforme a profecia de Isaías previu, ele é “Deus conosco”. Jesus é Emanuel.

Leia Lucas 1.5-25

Não tenha medo, Zacarias; sua oração foi ouvida. Isabel, sua mulher, lhe dará um filho, e você lhe dará o nome de João. (LUCAS 1.13)

O Antigo Testamento termina com uma promessa daquele que reconciliará os corações dos pais aos filhos. As palavras que encerram o livro de Malaquias ecoam através de séculos de silêncio. Durante o período de espera entre o Antigo e o Novo Testamentos, nosso Deus poderoso estava preparando o tumultuado cenário mundial para a vinda do Príncipe da Paz.

Há um tempo para tudo, e Lucas 1 consiste em uma intrincada tapeçaria de compromissos divinos. Seu cenário foi um tempo determinado na história: durante o reinado de Herodes. Zacarias foi designado para um dever sacerdotal daqueles que só se recebe uma vez na vida. Os longos anos de infertilidade de Isabel foram uma situação designada e impossível, que lançou as bases para a concepção milagrosa de João Batista. A linhagem sacerdotal do casal foi uma herança designada para criar um filho ungido. E Gabriel foi o mensageiro designado para anunciar o propósito que Deus havia designado para João Batista.

Quando eles eram jovens e estavam começando a vida juntos, é provável que Zacarias e Isabel fossem pessoas cheias de expectativas esperançosas sobre seu futuro. Contudo, à medida que os meses se transformavam em anos de infertilidade, a esperança de ter um filho diminuía e parecia um fardo de “desgraça” (Lucas 1.25).

Quando somos apresentados a este casal, eles já são “muito velhos”, embore continuem a andar com Deus. Essa fidelidade merece nossos elogios — em vez de críticas a Zacarias por seu momento de incredulidade. Afinal, esse homem envelhecido, com o passar do tempo, tinha se acostumado com o desapontamento.

Zacarias perseverou em oração, ao longo de anos aparentemente sombrios e de silêncio. Neste dia, porém, enquanto cumpria o dever sacerdotal de acender o fogo para queimar incenso, o anjo Gabriel apareceu-lhe e anunciou que Deus ouvira sua oração. Deus estava com Zacarias — mesmo quando o céu parecia estar em silêncio. A Luz do Mundo não havia se esquecido [da promessa]; estava soberanamente preparando a história para o tempo determinado.

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A história de Zacarias e Isabel nos oferece perspectiva em relação a nossos próprios tempos de espera. Somos lembrados de que nossas orações não têm prazo de validade. A fidelidade deste casal desdobrou-se em uma época de alegria vivificante, quando a promessa de Deus se cumpriu por meio de seu filho, aquele que seria o precursor do Messias.

Contudo, à medida que adentramos na história deles, vemos que também não há nenhum salto nesse periodo de décadas de infertilidade. Nós adentramos nessa parte dolorosa de suas vidas também. Pois é nesse período polongado de tristeza para eles que vemos a força de sua fé.

Isabel entendeu que, nesse milagre, Deus estava lhe mostrando seu especial favor. Muitos herois bíblicos não receberam, deste lado da eternidade, aquilo por que esperavam ou o que lhes tinha sido prometido (Hebreus 11.39). O cumprimento final da sua fé estava para além deles — como também está para nós. Neste Advento, em nossa espera, há um quadro maior sendo pintado — no tempo determinado por Deus. Emanuel — o Deus conosco — continua a ser fiel a suas promessas hoje.

Dorena Williamson é plantadora de igrejas, oradora e autora de ColorFull, The Celebration Place , Crowned with Glory e Brown Baby Jesus.

Reflita em Lucas 1.5-25.


Como você vê, nessa história, a fidelidade de Zacarias e Isabel? Ou a fidelidade de Deus? Como você vê a soberania e a presença de Deus?

Ele brilha na escuridão

Leitura do Advento do dia 17 de dezembro.

Leituras devocionais do Advento 2022.

Leituras devocionais do Advento 2022.

Christianity Today December 17, 2022
Stephen Crotts

Semana 3: A Luz do Mundo


As Escrituras usam o tema das trevas e da luz para descrever o Prometido — e o próprio Jesus identificava-se como esta luz profetizada. Nele, experimentamos salvação e iluminação espiritual. Mas Jesus é luz não apenas para nós, como indivíduos — ele é luz para todas as nações. Jesus é a Luz do Mundo.

Aquele que é a Palavra tornou-se carne e viveu entre nós. (JOÃO 1.14)

O apóstolo João contextualiza seu relato das palavras e obras de seu bom amigo Jesus com um prólogo que crepita de energia e maravilhamento. Jesus, segundo João quer nos dizer, é a própria Palavra de Deus. Ele estava com Deus na criação do mundo. Ele é Deus. Ele é a própria vida, e essa vida é a luz do mundo.

Então, vem o versículo 5: “A luz brilha nas trevas, e as trevas não a derrotaram”. Pelo menos é o que diz a minha edição de 2011 da NIV. Mas aqui está uma coisa impressionante: minha edição mais antiga da NVI (a tradução de 1984) traz uma leitura diferente. Ela diz: “A luz brilha nas trevas, mas as trevas não a compreenderam”.

O termo grego que pode ser traduzido por “derrotaram” e “compreenderam” é katalambanó — o qual significa “tomar posse” ou “dominar”. Precisamos de mais de uma palavra para tentar indicar a essência completa do que João está dizendo aqui.

João viu a Luz do Mundo com seus próprios olhos. Ele foi pescar com Jesus. Ele comeu com Jesus. Ele orou com Jesus. Ele o viu padecer a morte mais horrenda que se pode imaginar e, depois, voltar à vida. Assim, João sabe que não há escuridão no universo que possa dominar e vencer permanentemente essa luz. A escuridão não pode derrotá-la.

Mas João também sabe que nossas mentes humanas, quando deixadas por conta própria, não podem sequer começar a compreender o amor oferecido no surpreendente fato da Encarnação. A escuridão não pode compreendê-lo.

O prólogo de João culmina com uma meditação de tirar o fôlego sobre até onde Deus chegou para nos alcançar com seu amor iluminador. “Aquele que é a Palavra tornou-se carne”, escreve ele, “e viveu entre nós”. Ou, como a paráfrase da obra The Message [A Mensagem] traduz, a Palavra de carne e osso “mudou-se para a vizinhança”.

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O Deus Poderoso veio na forma incrivelmente vulnerável de um bebê humano. O Príncipe da Paz se permitiu nascer em um mundo de pecado e caos — e Deus fez-se passível de ser abraçado, ferido, beijado, morto.

Somente a Luz do Mundo pode nos dar o poder para começar a entender o que Deus nos ofereceu no nascimento de Jesus. Assim, neste Advento, façamos a mesma oração que o apóstolo Paulo fez aos Efésios (3.17-19): para que nós, “arraigados e alicerçados em amor, possam[os], juntamente com todos os santos, compreender a largura, o comprimento, a altura e a profundidade, e conhecer o amor de Cristo”.

Carolyn Arends é música, autora e diretora de educação da Renovaré. Seu álbum mais recente é In the Morning.

Reflita em João 1.1-18


O que essa passagem enfatiza sobre a Palavra? E sobre Jesus como a Luz do Mundo? Ou sobre a Encarnação? Que perguntas, pensamentos ou sentimentos ela desperta em você? Expresse sua resposta a Deus em oração.

Cristo em dez mil lugares

Leitura do Advento do dia 16 de dezembro.

Leituras devocionais do Advento 2022.

Leituras devocionais do Advento 2022.

Christianity Today December 16, 2022
Stephen Crotts

Semana 3: A Luz do Mundo


As Escrituras usam o tema das trevas e da luz para descrever o Prometido — e o próprio Jesus identificava-se como esta luz profetizada. Nele, experimentamos salvação e iluminação espiritual. Mas Jesus é luz não apenas para nós, como indivíduos — ele é luz para todas as nações. Jesus é a Luz do Mundo.

Pois o Deus que disse: “Das trevas resplandeça a luz”, ele mesmo brilhou em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus na face de Cristo. (2CORÍNTIOS 4.6)

Na famosa Alegoria da Caverna, de Platão, pessoas vivem acorrentadas, olhando para uma parede à sua frente, e tendo atrás de si uma fogueira que lança luz. Sem que tenham consciência, bonecos e objetos movimentam-se atrás delas e criam as sombras que elas veem projetadas na parede. Essas pessoas acreditam que as sombras são a realidade. Não têm ideia de que existe um mundo iluminado pelo sol lá fora. E, mesmo quando os outros lhes contam sobre o mundo real, elas ainda assim não querem sair de sua caverna.

A alegoria me lembra as palavras de Paulo: “O deus desta era cegou o entendimento dos descrentes, para que não vejam a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus” (2Coríntios 4.4). Em contraste, quando nascemos de novo em Cristo, nós nos tornamos filhos da luz — filhos do mundo iluminado pelo sol (Efésios 5.8). Deus ilumina nossos corações e nossas mentes, através do evangelho, para que possamos ver Cristo em sua glória. À medida que fixamos nossos olhos em Jesus e permanecemos nele, Deus progressivamente coloca tudo em sua devida perspectiva. O resultado é que a igreja, coletivamente, e as pessoas, individualmente, ficam mais capazes de discernir o bem do mal. Aprendemos a ver e a discernir os detalhes da beleza, da bondade e da verdade — a ver o mundo e as pessoas corretamente. Sem dúvida, precisamos uns dos outros para permanecer na luz, a fim de experimentar o shalom de Deus — para ver e amar.

Efésios 5.9 revela algo incrivelmente belo sobre o fruto que nasce da luz. O fruto é “toda bondade, justiça e verdade”. Ao olhar para a face de Cristo, começamos a vê-lo cada vez mais em nossa vida e em nosso mundo. Vemos Jesus aparecer de milhares de maneiras e em todos os tipos de lugares — às vezes de forma bastante inesperada. Somos capacitados a encontrar bondade, justiça e verdade mesmo em circunstâncias difíceis ou dolorosas. Da mesma forma, outros veem essas virtudes manifestadas em nossas próprias vidas e dão graças a Deus.

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O conhecimento revelado a nós por meio de Deus, quando ele ilumina nossos corações, nos enche de alegria transbordante e esperança duradoura (Efésios 1.18). É esperança para o presente por causa da “incomparável grandeza do seu poder”, que temos através do Espírito, para fazer a vontade de Deus no mundo (v. 19). Essa esperança é reforçada pelo conhecimento de que Deus é sempre por nós. E também temos esperança para o futuro, pois vislumbramos nossa gloriosa herança.

De fato, à medida que permanecemos em Cristo e conectados uns aos outros, sabemos, em um nível profundo, que o mal é uma falsificação, é o mundo das sombras. Como Gerard Manley Hopkins descreveu em seu poema “As Kingfishers Catch Fire” [Quando martins-pescadores se incendeiam], amadurecemos para ver Cristo agindo “em dez mil lugares”, e a glória de Deus brilhando em todos os lugares. Esta é a luz do Advento.

Marlena Graves é professora de formação espiritual no Northeastern Seminary. É autora de vários livros, entre eles The Way Up Is Down.

Reflita em 2Coríntios 4.4-6 e Efésios 1.15-23; 5.8-11.


De que maneira essas passagens descrevem como é a iluminação espiritual? De que modo a fé em Jesus — que é a Luz — iluminou a sua vida?

Libertados da Escuridão

Leitura do Advento do dia 15 de dezembro.

Leituras devocionais do Advento 2022.

Leituras devocionais do Advento 2022.

Christianity Today December 15, 2022
Stephen Crotts

Semana 3: A Luz do Mundo


As Escrituras usam o tema das trevas e da luz para descrever o Prometido — e o próprio Jesus identificava-se como esta luz profetizada. Nele, experimentamos salvação e iluminação espiritual. Mas Jesus é luz não apenas para nós, como indivíduos — ele é luz para todas as nações. Jesus é a Luz do Mundo.

Vocês, porém, são geração eleita […] para anunciar as grandezas daquele que os chamou das trevas para a sua maravilhosa luz. (1PEDRO 2.9)

É um instinto natural temer o escuro. Sabemos que coisas ruins acontecem sob o manto da escuridão. O mesmo se dá com a escuridão espiritual. As Escrituras nos dizem que é no domínio das trevas que residem as obras infrutíferas e habitam a impiedade e o mal (Efésios 5.8-12). Se estivermos sob o domínio das trevas, não teremos comunhão com Deus (1João 1.5-7).

Mas Jesus veio para libertar aqueles que foram cegados pelas trevas — para nos libertar! Agora, como pessoas que vivem na luz de Cristo, nos esforçamos para andar de maneira digna daqueles que seguem a Jesus. Andamos em adoração, dando graças pela grande herança que temos como coherdeiros com Cristo.

No princípio, Deus declarou “Haja luz”, e trouxe o dia à existência (Gênesis 1.3). Deus também declara “Haja luz” em nossas próprias vidas, referindo-se não ao cosmos, mas à luz do evangelho em nossos corações, que nos capacita a ver a glória de Cristo (2Coríntios 4.6). A própria Luz do Mundo desceu às trevas deste mundo, às trevas dos nossos corações, e abriu os nossos olhos para que pudéssemos proclamar os louvores daquele que nos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz. Nessa luz há justiça, paz e alegria.

Como cidadãos do reino de luz de Jesus Cristo, temos redenção, perdão e comunhão com Deus. Ele fez de nós — que antes tínhamos prazer na escuridão — seu bem precioso.

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Deus escolheu um povo que seria seu e refletiria seu caráter santo. Ele escolheu um povo que abraçaria e transcenderia as distinções étnicas, declarando-lhe louvores dentro da bela diversidade de sua família. Ele escolheu um povo a quem daria todos os privilégios e bênçãos do sacerdócio dos crentes — isto é, acesso direto à própria presença de Deus. O véu que antes nos impedia de nos aproximar de Deus foi rasgado para que “um novo e vivo caminho” se abrisse para nós, por meio de Cristo (Hebreus 10.20). Ele escolheu um povo que ele receberia em sua presença, em todo tempo — um povo que lhe declararia louvores, enquanto oferece sacrifícios espirituais, tanto individuais quanto coletivos, a Deus.

Durante o período do Advento, celebramos o Prometido que nos libertou das trevas, que nos chamou para sua maravilhosa luz, a fim de que pudéssemos nos deleitar no Filho e proclamar-lhe louvores.

Kristie Anyabwile é autora de Literarily: How Understanding Bible Genres Transforms Bible Study e editora de His Testimonies, My Heritage.

Reflita em Colossenses 1.9-14 e 1Pedro 2.9


O que significa para você viver como alguém que faz parte do reino da luz? Como Jesus, que é a Luz, trouxe entendimento e propósito a você?

Uma luz temível e libertadora

Leitura do Advento do dia 14 de dezembro.

Leituras devocionais do Advento 2022.

Leituras devocionais do Advento 2022.

Christianity Today December 14, 2022
Stephen Crotts

Semana 3: A Luz do Mundo


As Escrituras usam o tema das trevas e da luz para descrever o Prometido — e o próprio Jesus identificava-se como esta luz profetizada. Nele, experimentamos salvação e iluminação espiritual. Mas Jesus é luz não apenas para nós, como indivíduos — ele é luz para todas as nações. Jesus é a Luz do Mundo.

Mas quem pratica a verdade vem para a luz, para que se veja claramente que as suas obras são realizadas por intermédio de Deus. (JOÃO 3.21)

“Pois Deus amou o mundo de tal maneira que…”

Há grande chance de que você possa terminar essa frase sem sequer pensar duas vezes. João 3.16 é, sem dúvida, o versículo mais famoso da Bíblia, mas não é o único. Embora o restante da passagem neste terceiro capítulo do evangelho de João seja recebido com muito menos alarde, nos oferece uma verdade sóbria e repleta de esperança:

“… a luz veio ao mundo, mas os homens amaram as trevas, e não a luz, […].Mas quem pratica a verdade vem para a luz, para que se veja claramente que as suas obras são realizadas por intermédio de Deus”. (v. 19, 21)

A experiência humana é uma mistura paradoxal de amor às trevas e de necessidade de luz. E essa realidade não é verdade apenas lá longe, entre a massa de pecadores. Ela é verdade também bem aqui — em meu coração, minha mente e minha alma, bem como nos seus. O apóstolo Paulo descreve com mestria essa tensão generalizada e universal: “Não entendo o que faço. Pois não faço o que desejo, mas o que odeio” (Rm 7.15). Todos nós já estivemos nessa situação. E ainda somos assim.

A luz pode expor e iluminar, e isso a torna simultaneamente temível e libertadora. Richard Feynman, um físico americano, disse: “O primeiro princípio é que você não deve enganar a si mesmo — e acredite, você é a pessoa mais fácil de enganar”. Se ele estava certo — e creio que estava —, então, essa luz temível e libertadora é exatamente do que precisamos. Essa luz expõe nossa arrogância e ilumina nossa vergonha, duas coisas que têm nos impactado desde o início da história da humanidade.

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Na narrativa da criação, em Gênesis, Deus criou um mundo bom e colocou Adão e Eva em seu centro, como portadores da sua imagem chamados para trazer à tona o bom potencial da terra. Contudo, quando os primeiros seres humanos pecaram contra Deus, foi porque eles passaram a acreditar na mentira de que poderiam ser “como Deus” (Gênesis 3.5). Isso é arrogância. E para onde a arrogância inevitavelmente nos leva? Diretamente para os braços da vergonha: “fiquei com medo, porque estava nu; por isso me escondi”, disse o homem (Gênesis 3.10).

Jesus, que é a Luz, veio para nos libertar das trevas da arrogância e da vergonha. A luz veio para nos dizer a verdade: que fomos perdoados, aceitos, e somos amados. A luz veio para desfazer a catástrofe da Queda e para decretar o bom e novo mundo de Deus, ao qual todos podemos pertencer.

Jay Y. Kim serve como pastor principal na WestGate Church. É autor de Analog Church e Analog Christian; mora com a família no Vale do Silício.

Medite em João 3.16-21


De que modo a luz de Deus é temível? De que modo ela é libertadora? De quais maneiras o contexto mais amplo do versículo 16 aprofunda sua compreensão da identidade e do propósito de Jesus?

Por que somos tão cínicos sobre a paz na Terra?

Muitos evangélicos acreditam que a guerra é algo inevitável. Mas isso não deve nos impedir de orar pela paz.

Christianity Today December 14, 2022
Illustration by Rick Szuecs / Source Images: David Kovalenko / Unsplash / Creative Commons

Às vezes, são necessários novos horrores da guerra para nos lembrar que nosso mundo não é um lugar pacífico. Em contraste com cenários de violência já duradouros em Mianmar, Iêmen, Síria, Etiópia, Somália, Afeganistão e além, a agressão da Rússia na Ucrânia ocupou o centro das atenções por meses este ano.

Como cristãos, acreditamos que o mundo deveria estar em paz e que, um dia, estará. Quando João Batista nasceu e seu pai Zacarias ficou cheio do Espírito Santo e profetizou a chegada da redenção de Deus, isso culminou com uma visão de paz (Lucas 1.67-79). Zacarias declarou que Deus “visitou e redimiu o seu povo” de viver “nas trevas e na sombra da morte”. Ele vai “guiar nossos pés no caminho da paz”.

Quando, logo depois, os pastores souberam do nascimento de Jesus, esse anúncio também veio com uma invocação de paz. Uma hoste de anjos glorificou a Deus, e de todas as bênçãos que poderiam ser dadas na encarnação de Cristo, eles ofereceram “paz na terra aos homens aos quais ele concede o seu favor” (Lucas 2.14).

A mensagem que Deus enviou ao povo judeu, como o apóstolo Pedro mais tarde sintetizou, foi a que fala das “boas novas de paz por meio de Jesus Cristo” (Atos 10.36). Como cristãos, temos o evangelho da paz (Efésios 6.15), o Príncipe da Paz (Isaías 9.6), e tanto a paz de Deus quanto um Deus de paz (Filipenses 4.7,9) e uma esperança final de paz em um mundo restaurado, em que não haverá mais morte, nem choro nem dor (Apocalipse 21.3-4).

Essa esperança não é apenas para o futuro. A paz não é apenas para o eschaton, embora frequentemente seja assim que os evangélicos se refiram a ela.

Temos a tendência de falar como se ansiar pela paz e buscá-la fosse algo relacionado a Neville Chamberlain, Jimmy Carter e John Lennon, um sinal de fraqueza em pacifistas e apaziguadores que ou não entendem o mal que nos cerca ou não têm força moral para combatê-lo. Já ouvi a expressão “guerras e rumores de guerra” (Mateus 24.6) ser invocada para provar que distúrbios são algo normal com muito mais frequência do que me deparei com uma expectativa cristã confiante na paz de Deus.

Quando “chegar a hora certa, Jesus realmente voltará, e acabará com todas as guerras”, admitiu o televangelista Jerry Falwell, em seu provocativo ensaio de 2004 “Deus é pró-guerra”, em que se mostrou favorável à Guerra do Iraque. Por enquanto, disse ele, “continuamos a viver em tempos violentos”. Falwell argumentou que a Bíblia nos diz que a guerra será uma realidade constante até a segunda vinda de Cristo, e que carregar os fardos uns dos outros significa escolher a guerra, e não a paz.

Parece que os evangélicos usam a infame frase de Chamberlain “paz para o nosso tempo” na maioria das vezes com escárnio, nunca com esperança sincera. Falamos sobre paz no Natal porque está lá, no texto bíblico, mas não esperamos vê-la tão cedo, e ficaríamos um pouco desconfiados se a víssemos.

Uma das razões pelas quais a frase de Chamberlain ficou tão firmemente gravada na mente moderna é por ecoar a linguagem familiar do Livro de Oração Comum da Igreja Anglicana, de 1662. A Ordem para a Oração da Manhã, a ser repetida diariamente ao longo do ano, liga a paz com o desdobramento do plano divino de salvação de forma tão indissociável quanto o faz o Evangelho de Lucas.

“Ó Senhor, salva o teu povo”, diz o celebrante, “Dá paz em nosso tempo”. E o povo responde: “Pois não há outro que lute por nós, senão tu, ó Deus”.

Tenho pensado nessa oração neste outono e no Advento, depois de um ano de manchetes dominadas pela guerra entre dois países em que os maiores grupos religiosos são de cristãos professos. (Em sua maioria, ucranianos e russos — incluindo o presidente russo Vladimir Putin — identificam-se como ortodoxos.)

É fácil ser cínico sobre a “paz em nosso tempo” em um momento como este, ou deixar de lado Zacarias e as palavras dos anjos como se fossem nada além de um aviso antecipado sobre uma esperança ainda distante.

A oração não segue esse caminho fácil. Ela pressupõe um mundo como o nosso, no qual a paz é extremamente necessária e no qual muitas vezes somos incapazes de alcançar a paz que buscamos por nossas próprias forças. No entanto, apesar de todo esse realismo, a oração não relega a paz para um perpétuo amanhã nem aceita a guerra e o conflito para o hoje. Nem nós devemos fazer isso.

Deus veio para seu povo e o redimiu. Ele quer “guiar nossos pés no caminho da paz” (Lucas 1.79) e é mais do que capaz de dar paz ao nosso tempo.

Bonnie Kristian é colunista da Christianity Today e vice-editora da The Week. Ela é autora de A Flexible Faith: Rethinking What It Means to Follow Jesus Today (2018) e Untrustworthy: The Knowledge Crisis Breaking Our Brains, Polluting Our Politics, and Corrupting Christian Community (2022).

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A Estrela da Manhã brilha cada vez mais ao longo dos séculos

O título de Jesus em Apocalipse só é reforçado pelo aprimoramento do nosso conhecimento da astronomia.

Christianity Today December 14, 2022
Noriakimasumoto / Getty / Wikimedi Commons / Edits by Rick Szuecs

Às vezes, os escritores bíblicos se expressam melhor do que imaginam. Eles dizem coisas e usam imagens que são profundas e esclarecedoras por si só, mas que se tornam muito mais profundas e esclarecedoras à medida que aprendemos mais sobre o mundo.

Tomemos, por exemplo, uma passagem bem conhecida do Salmo 8: “Quando contemplo os teus céus, obra dos teus dedos, a lua e as estrelas que ali firmaste, pergunto: Que é o homem, para que com ele te importes? ” (v. 3-4). Ao ler isso hoje em dia, ficamos maravilhados com o fato de haver bilhões de vezes mais estrelas do que Davi imaginava, e que a humanidade é incomensuravelmente menor no cosmos do que ele pensava. Ou consideremos a declaração de João de que Deus é luz. Vemos mais camadas nela do que João jamais imaginou: toda a gama de cores que tem a luz branca, o paradoxo onda-partícula, os alcances invisíveis do espectro e assim por diante.

Um belo exemplo está no último capítulo das Escrituras, quando João registra Jesus dizendo: “Eu sou a Raiz e o Descendente de Davi, e a resplandecente Estrela da Manhã” (Apocalipse 22.16). A primeira metade dessa afirmação é clara, ainda que paradoxal. Jesus, como Isaías havia profetizado, é simultaneamente o produto da linhagem messiânica (“o Descendente de Davi”) e a fonte dela (“a Raiz”). A segunda metade, porém, contém profundidades que João sequer imaginava.

Ninguém no mundo antigo poderia deixar de notar a estrela da manhã. Seu brilho fez dela um ponto de referência comum na história da humanidade, presente do mito sumério à poesia grega e até mesmo na obra A noite estrelada, de Vincent van Gogh. Como o corpo celeste mais brilhante no céu, depois do sol e da lua, a estrela da manhã era um símbolo inequívoco para qualquer coisa ou pessoa que brilhasse mais do que seus pares. É assim que a imagem aparece em outras partes das Escrituras, seja negativamente (ao descrever o rei da Babilônia, em Isaías 14.12-15) seja positivamente (ao descrever Cristo, em 2Pedro 1.19). João, em Apocalipse, claramente a emprega com este último sentido.

Ele pode ter visto algo mais na imagem também. Na época em que o Novo Testamento foi escrito, os greco-romanos eruditos estavam cientes de que a estrela da manhã e a estrela da tarde eram idênticas: a primeira estrela a aparecer e a última a desaparecer eram uma só estrela, a mesma. Dada a frequência com que Jesus é descrito como o início e o fim da história, em Apocalipse 22 — o Alfa e o Ômega, o Primeiro e o Último, o Princípio e o Fim, a Raiz e o Descendente — João pode ter cogitado essa conexão também. Jesus não é apenas a estrela mais brilhante do firmamento, mas a estrela que está presente antes que as outras apareçam e depois que todas desaparecerem.

O que João não sabia, no entanto, é que a estrela da manhã é fundamentalmente diferente de todas as outras estrelas do céu noturno. Ela é feita de rocha, não de gás. Reflete a luz do sol, em vez de gerar luz própria. Do ponto de vista da física, é mais parecida com a Terra em suas propriedades do que com as estrelas. Hoje, nós a chamamos de planeta Vênus.

Ao mesmo tempo, João não tinha noção da surpreendente proximidade da estrela da manhã em relação ao restante do exército celestial. Vários modelos do cosmos existiam em sua época, com várias teorias de como o sol, a lua, os planetas e as estrelas se encaixavam. Podemos apenas especular o quanto João sabia sobre isso. Mas ele dificilmente poderia imaginar que a estrela da manhã estava 175 mil vezes mais próxima do que a mais próxima das outras estrelas.

Como Vênus em relação às estrelas, Jesus é totalmente diferente de todos os “deuses” a quem as pessoas o comparam. Tudo o mais no céu noturno da teologia é distante, fixo e imóvel. A Estrela da Manhã, em compensação, pertence a uma classe própria. Jesus não é apenas muito mais brilhante do que os demais. Ele não apenas abre e fecha a sinfonia celestial como abertura e gran finale. Ele é diferente deles em sua própria essência, semelhante a nós de maneiras que ainda lutamos para acreditar, e muito, muito mais próximo do que imaginamos.

Do ponto de vista exegético, geralmente é considerado uma má prática encontrar significados em textos que o autor original não pretendia dar. Mas, relembro que toda Escritura tem dois autores originais — um divino e um humano — e quem fala neste caso é a própria Estrela da Manhã, o Criador dos céus e de tudo o que neles há: o Senhor Jesus. Talvez haja mais aqui do que sabemos.

Andrew Wilson é pastor e professor na King's Church London e autor de God of All Things .

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A luz que nos guia para casa

Leitura do Advento do dia 13 de dezembro.

Leituras devocionais do Advento 2022.

Leituras devocionais do Advento 2022.

Christianity Today December 13, 2022
Stephen Crotts

Semana 3: A Luz do Mundo


As Escrituras usam o tema das trevas e da luz para descrever o Prometido — e o próprio Jesus identificava-se como esta luz profetizada. Nele, experimentamos salvação e iluminação espiritual. Mas Jesus é luz não apenas para nós, como indivíduos — ele é luz para todas as nações. Jesus é a Luz do Mundo.

Eu sou a luz do mundo. Quem me segue, nunca andará em trevas, mas terá a luz da vida. (JOÃO 8.12)

J. M. W. Turner, pintor inglês do século 19, era conhecido por seu uso impressionante da luz. Olhe por tempo suficiente para obras como Tempestade de Neve, Manhã Gelada e — para a minha favorita — Pescadores no Mar, e terá a sensação de que Turner estava pintando com fogo tanto quanto com óleo e aquarelas. O pastor e artista Michael Milton observa: “Em Turner não há só luz, mas sim uma luz que conduz na busca de significado todo aquele que observa sua obra”. Na obra de arte deste mestre, a luz não é um fim — é um convite à esperança, à beleza e ao próprio significado.

Andando pelo meu bairro em noites frias, durante a época do Advento, fiquei deslumbrado com as luzes de Natal. Nos últimos anos, vê-las através dos olhos de meus dois filhos pequenos despertou em mim algo que eu havia perdido, por causa do cinismo sutil e insidioso que muitas vezes se instala com a idade: um certo anseio. A luz é uma maravilha por causa de sua promessa de que há algo brilhante, mas que está velado por trás da escuridão, esperando para ser encontrado, pulsando com vida, prestes a se revelar diante de nós.

Em João 8.12, “Falando novamente ao povo, Jesus disse: ‘Eu sou a luz do mundo. Quem me segue, nunca andará em trevas, mas terá a luz da vida’”. As palavras por si só já são suficientemente poéticas, mas não se tratava apenas de uma metáfora cativante. Ao anunciar a si mesmo como a Luz do Mundo, neste lugar e neste momento específicos, Jesus estava fazendo uma declaração ousada e bela sobre algo que se encontra velado por trás da escuridão — e, o que é mais importante, sobre a própria capacidade e vontade dele de nos conduzir até lá.

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Jesus disse essas palavras durante a Festa dos Tabernáculos, um festival judaico que dura uma semana e é centrado na celebração do Êxodo, quando Deus tirou seu povo da escravidão do Egito e conduziu-o em liberdade para a Terra Prometida. Durante sua longa jornada pelo deserto, Yahweh havia se revelado ao povo sob a forma de uma coluna de nuvem durante o dia e de uma coluna de fogo à noite (Êx 13.21-22; 40.38). A fim de relembrar esse ato divino de guiar seu povo, durante a Festa dos Tabernáculos, nos pátios do templo, eram acesas chamas no topo de duas colunas que tinham cerca de 23 metros de altura, para simbolizar a coluna de luz no Êxodo. É neste mesmo cenário que Jesus está, nos pátios do templo — provavelmente sob a luz dessas colunas — e declara: “Eu sou a luz do mundo”.

Jesus é a luz que nos guia através do deserto do nosso desespero, da nossa dor, das nossas perdas. Ele é a luz que desfaz a escuridão do nosso medo, da nossa ansiedade, das nossas incertezas. Ele é a grande Luz do Mundo, que nos guia para casa.

Jay Y. Kim serve como pastor principal na WestGate Church. É autor de Analog Church e Analog Christian; mora com a família no Vale do Silício.

Reflita em João 8.12.
Opcional: Leia também João 9.5 e 12.46


O que você imagina que os primeiros ouvintes de Jesus pensaram, quando ele disse essas palavras? Como o contexto da Festa dos Tabernáculos enriquece a compreensão dessa afirmação de Jesus?

Salvação e Amor

Leitura do Advento do dia 12 de dezembro.

Leituras devocionais do Advento 2022.

Leituras devocionais do Advento 2022.

Christianity Today December 12, 2022
Stephen Crotts

Semana 3: A Luz do Mundo


As Escrituras usam o tema das trevas e da luz para descrever o Prometido — e o próprio Jesus identificava-se como esta luz profetizada. Nele, experimentamos salvação e iluminação espiritual. Mas Jesus é luz não apenas para nós, como indivíduos — ele é luz para todas as nações. Jesus é a Luz do Mundo.

Eu, o Senhor, o chamei em retidão; segurarei firme a sua mão. Eu o guardarei e farei de você um mediador para o povo e uma luz para os gentios. (ISAÍAS 42.6)

Todos nós já experimentamos como é acordar na escuridão — aquele momento em que buscamos uma luz para conseguir enxergar o mundo ao nosso redor com clareza. Talvez, você, assim como eu, nunca tenha superado totalmente esse medo do escuro. A escuridão é um medo universal, pois pode criar espaços de perigo, ao passo que a luz nos guia para a segurança. Especialmente antes da invenção da luz elétrica, a escuridão significava que uma pessoa estava mais propensa a sofrer um ataque de inimigos ou de animais perigosos.

Não deve nos surpreender, portanto, que, no livro de Isaías, a luz seja uma metáfora poderosa para segurança e salvação, quando o profeta descreve o servo de Deus cumprindo esse papel. Vemos essa ideia no Novo Testamento, quando Jesus é descrito como a “luz do mundo” (João 8.12; 9.5), ecoando as descrições do servo de Deus como a luz da salvação para o mundo todo, em Isaías 42, 49 e 60.

Isaías coloca duas ideias lado a lado, quando retrata o servo de Deus: a salvação global de Deus e a profunda intimidade de Deus. Por um lado, o servo trará salvação em escala global. Como a luz do sol, que atravessa a terra de ponta a ponta, o servo de Deus trará salvação a todos os povos, a todas as tribos, a todas as nações (42.6; 49.6; 60.3). Essa salvação é multiétnica, multicultural e está disponível para todos.

Por outro lado, quando Isaías descreve essa salvação — a luz global do servo — ele também ancora essa vasta visão na profunda intimidade de Deus. Esse Deus formou o servo dentro do ventre de sua mãe (49.5), trabalha para a salvação de seu povo (42.14) como uma mulher que dá à luz, e se lembra de seu povo como a mãe que amamenta se lembra de seu bebê no peito (49.15).

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Da mesma forma, vemos em Jesus essa combinação de salvação global e intimidade pessoal. Jesus é aquele que traz uma espécie de luz que honra a aliança que Deus fez com seu povo (42.6). Essa luz traz liberdade àqueles que estão em cativeiro (42.7) e tira nações e reis de suas trevas para a luz de Cristo (60.2-3).

A luz de Jesus também traz esperança pessoal e específica para aqueles que estão sentados em masmorras escuras, aguardando libertação, e para aqueles que sofrem de cegueira (42.7). Essa luz brilha através de vastas extensões ao redor do mundo e penetra nos menores recantos da casa de cada um. Este é o Jesus que esperamos durante o Advento: a luz brilhante que ilumina e encoraja pessoas no mundo todo, e a chama que brilha na vida de cada um de nós, lembrando-nos que Deus está perto.

Beth Stovell ensina Antigo Testamento no Ambrose Seminary. É coeditora de Theodicy and Hope in the Book of the Twelve e autora dos comentários Minor Prophets I and II, no prelo.

Reflita em Isaías 42.1-14; 49.1-15; e 60.1-3


Como você vê a natureza global da luz de Deus nessas passagens? Onde vê sua intimidade? Como vê essas duas coisas em Jesus?

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