O que significa ser Deus

Leitura do Advento para o dia 19 de dezembro.

Christianity Today December 19, 2021

Quarta Semana: Encarnação e Natividade


Nesta semana veremos os eventos da Natividade e vamos refletir sobre o milagre do Verbo eterno que veio ao mundo como uma criança, um ser humano. Aprenderemos lições de fé com as pessoas que Deus escolheu para desempenhar um papel nesses eventos. E celebraremos as boas novas de grande alegria para todas as pessoas!

Clique Aqui e faça o download do nosso devocional diário “O Evangelho do Advento”.

Leia Filipenses 2.5-11

Uma maneira comum de entender o belo hino de louvor a Jesus Cristo, em Filipenses 2.5-11, é observar que ele nos mostra um paradoxo totalmente incompreensível: O poderoso Filho de Deus, que, junto com seu Pai, trouxe a criação à existência, subsequentemente dignou-se a se tornar um humilde ser humano — o equivalente a um poderoso monarca ser reduzido a um besouro rastejante.

Essa maneira de ler Filipenses 2 enfatiza a incompatibilidade entre a glória do Filho — anterior à encarnação — e a humilhação que ele sofreu durante sua vida terrena. A palavrinha embora, presente na maioria das versões bíblicas, tem sido a pista vital para esta interpretação: “[Jesus], embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens”(v. 6,7, ênfase acrescentada). Apesar de compartilhar da igualdade de Deus Pai, Jesus, o Filho, ainda assim escolheu abrir mão desse status por nós.

Para ser notificado de novas traduções em Português, assine nossa newsletter e siga-nos no Facebook, Twitter, Telegram ou Instagram.

Certamente, essa é uma interpretação plausível das palavras de Paulo. Mas o texto no idioma original é ambíguo, e é possível traduzi-lo de forma diferente, deixando de fora o conector contrastivo embora. Paulo, com toda tranquilidade, pode ter sugerido algo sutilmente diferente como: porque tinha a forma de Deus, portanto, Jesus esvaziou-se a si mesmo.

Conforme a primeira maneira de ler o texto, existe algo fundamentalmente incomensurável entre a glória do Filho de Deus e seu esvaziamento. A glória do Filho de Deus é compreendida apesar do seu esvaziamento. E, obviamente, há muita verdade nessa maneira de interpretar as palavras de Paulo, o que ressalta para nós o custo que Deus se dispôs a pagar para se aproximar de nós.

Contudo, de acordo com a segunda maneira de ler o hino de Paulo, há algo misteriosamente congruente entre o esplendor eterno do Filho de Deus e sua autoabnegação voluntária na encarnação. Esta última revela ou explica do que o esplendor eterno do Filho de Deus realmente trata, e manifesta que o caráter de Deus é de um amor que se entrega “ao longo de todo o caminho”, por assim dizer.

Em outras palavras, se quisermos entender o que realmente significa essa igualdade do Filho Jesus com Deus Pai — com o que ela se parece, quando traduzida na forma de uma vida humana — então, devemos olhar para aquele pequenino bebê no colo de Maria, para aquela figura desamparada na cruz do Calvário, e para aquele jardineiro de coração terno que traz palavras de paz a seus amigos, naquela primeira manhã de Páscoa. Ao viver, morrer e ressuscitar por nós, Jesus não apenas nos revela a verdadeira humanidade — ele nos mostra o que a divindade de Deus fundamentalmente significa.

Wesley Hill é pastor da Trinity Episcopal Cathedral, em Pittsburgh, Pensilvânia, e professor associado de Novo Testamento no Western Theological Seminary, em Holland, Michigan.

Reflita em Filipenses 2.5-11. (Opção: também reflita em João 1.14.) De que maneira a encarnação nos aponta para verdades profundas sobre o amor e a natureza de Deus? De que modo essas verdades são centrais para o evangelho? Como elas impactam sua vida diária? Ore e expresse sua resposta a Deus.

Our Latest

O perigo de viver em um mundo distorcido pelo medo

Quando nos deixamos governar pelo medo, ele distorce nossas percepções, estreita nossa visão e nos afasta do amor a Deus e ao próximo.

Perdi três bebês em um ano. E ninguém sabia me consolar.

Conceitos cristãos equivocados sobre o aborto espontâneo não são novos, mas precisam mudar.

Atenção não é mercadoria

A atenção não é recurso voltado para a produtividade. É dádiva que nos ajuda a amar a Deus e ao próximo.

Vá e não cancele mais

A igreja tem uma antítese perfeita para a nossa cultura do medo e do rancor: o discipulado.

A geração Z não precisa de um evangelho água com açúcar

Líderes cristãos podem saciar nossa busca por autenticidade e estabilidade com uma mensagem que fale da santidade e da graça de Cristo.

Apple PodcastsDown ArrowDown ArrowDown Arrowarrow_left_altLeft ArrowLeft ArrowRight ArrowRight ArrowRight Arrowarrow_up_altUp ArrowUp ArrowAvailable at Amazoncaret-downCloseCloseEmailEmailExpandExpandExternalExternalFacebookfacebook-squareGiftGiftGooglegoogleGoogle KeephamburgerInstagraminstagram-squareLinkLinklinkedin-squareListenListenListenChristianity TodayCT Creative Studio Logologo_orgMegaphoneMenuMenupausePinterestPlayPlayPocketPodcastRSSRSSSaveSaveSaveSearchSearchsearchSpotifyStitcherTelegramTable of ContentsTable of Contentstwitter-squareWhatsAppXYouTubeYouTube